quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Urgente se torna, juntarmos as nossas vozes, para encontrar novos Céus…

Estimadas gentes, gente guerreira, gente boa, que usa a palavra para ferir os malvados opressores.

Descobri este blogue casualmente, quando procurava algo relacionado com o despertar consciências. Hoje em dia, encontram-se muitos escritos sobre este assunto, mas calhou fixar-me neste blogue, bem como nos seus artigos.

Quem sou? Alguém no meio de tanta gente…
Onde habito? Algures num Planeta que se chama Terra…

E mais não digo, porque o mais importante é ser ALGUÉM, igual a tantos ALGUÉNS anónimos.

O medo destila por todo o lado, injectado pelas classes que se colocaram acima, na ribalta, fechando-nos o acesso à liberdade de escolher e decidir.
Tudo está decidido, mesmo antes de ser anunciado. Que se informem sobre os submundos do Clube de Bildelberg e seus tentáculos, para perceberem do que estou tocando.
Só recentemente, que por mero acaso, me dei conta deste Monstro que avassala e escraviza a humanidade.

Ora bem, o medo conduz-nos ao isolamento, à inacção… é isso o pretendido: estarmos e continuarmos paralisados pelo medo, até de nós próprios termos medo, da nossa própria sombra. Não vá ela trair-nos, à semelhança da traição dos governantes, cuja missão é encontrar habilidosas estratégias para enganarem as pessoas do mundo, sem elas se darem conta. Depois, quando acordamos, estamos numa cela fechada, sem portas nem janelas para respirar... estamos num pesadelo.

O que acontece no momento actual é isso: acordámos e, descobrimos que estávamos num pesadelo, numa cela sem portas nem janelas.

Como sair deste pesadelo? Eis a questão!

Dar asas à nossa voz, expandir o coração, pois as pernas já não encontram as saídas que nos vedaram.
Para tal, não quero acreditar, nem aceitar que somos os culpados da actual situação caótica e degradante, nem tão pouco acusar as pessoas pelas inconsciências cometidas, que as levaram à penúria. Essa penúria, faz parte da mesma estratégia das classes dominadoras, pois é mais fácil manipular e dominar pessoas na penúria, fracas e esgotadas psicologicamente, do que dominar pessoas que conseguiram encontrar as suas próprias asas. Para isso, houve uma estratégia inteligentemente preparada para colocar as pessoas na penúria, através da distracção, do cultivo premeditado da ignorância, da alienação futebolística e telenovelística, e do aliciamento publicitário enganoso da própria Banca.

Vamos então dar asas à nossa voz, e se já não encontrarmos alento, vamos criar novas asas… os silêncios também tem asas… e revelam novas formas de luta… pelo menos proporciona que nos encontremos connosco próprios… com a nossa realidade existencial…

É esse repto que eu lanço, através deste blogue:

Dar asas à nossa voz… esperar ardentemente que surja um Robin Hood que nos liberte das garras do Terrível Xerife…

Como? Só sei que não sei. Mas sei que em unidade, amizade, secretismo e solidariedade, encontraremos o poder da nossa voz e a força dos nossos silêncios, para sobrevoarmos e sobrevivermos à escravidão que o “Xerife” e seus associados nos impõem.
Vamos sobreviver!

Vamos espalhar as nossas vozes! As nossas palavras! O nosso sentir! Com o secretismo necessário, qual tempo de Robin Hood, mas muito pior… o actual tempo negro, de tirania e deformação política, em que se hipnotizam as pessoas para obter a maioria, e depois as destroem, começando pelos mais fracos e desprotegidos, coloca Salazar num patamar respeitável, longe de ter sido um ditador.
Hoje, o “Xerife” malvado, arrogante e ditador, e seus associados, liberta o Monstro da mentira e da opressão, atrofiando a transparência e a justiça social e paralisando os corações das pessoas com ameaças, medidas desumanas e medo do futuro.

Que este e outros blogues de consciência, publiquem as vozes que estiverem disponíveis para ecoar o som do bater das suas asas, do bater dos seus corações paralisados pelo medo, pois enquanto o “Xerife” malvado estiver dominando, atrofiando e mentindo ao povo, teremos de voar, de planar, de libertar a paralisia do coração através da nossa voz e das nossas asas... e acreditar no ressurgimento do Robin Hood.

Urgente se torna, juntarmos as nossas vozes e as nossas asas, para encontrar novos Céus… curar as asas, feridas pelo monstro demolidor e seus associados.
Beatriz A. Albuquerque

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Devolver Portugal aos portugueses! Quem nos desgoverna, português não é, certamente!


Os portugueses são conhecidos como gente honesta, gente de princípios, gente que deu novos mundos ao mundo… sendo, em verdade, os melhores embaixadores do seu próprio país.

Hoje, esses mesmos portugueses estão a ser reduzidos a uma insignificância que faz doer o coração de qualquer um, mesmo dos mais distraídos.

Dir-se-á pois, que outros povos estão igualmente a ser aniquilados pela classe política dominante, sedenta da incontrolável necessidade de poder para transformar a sociedade das gentes, em sociedades de escravos, nas quais só sobrevivem os bajuladores, os cínicos e os subservientes desta mesma classe política, absolutamente deformada, que destruiu a economia nacional com despesismos e luxos irresponsáveis.

Mas, cada povo sente a sua dor. Nós portugueses temos sido facilmente enganados (alguns dizem até, que temos o que merecemos), mas não é por isso que deixamos de sentir a dor de ver a Nação entregue, minada e dominada pelos “boys” e afins, gente insensível que só apadrinha os amigos e afilhados, sobrecarregando assim, e de outras formas sofisticadas, o equilíbrio económico da Nação, e a saúde social que continua a ser seriamente golpeada… não pelos trabalhadores, como querem afirmar, mas essa classe política dominante e seus apêndices, multimilionariamente pagos, ao ponto de perderem toda a sensibilidade política e humana.

Esvaziaram os cofres do Estado português mas encheram os seus bolsos e os dos "boys", e por isso podem enfrentar a crise de barriga cheia e rir do Zé Povinho (coitado!).

Para aumentar o descontentamento, continuam a provocar a divisão na administração pública e a destruir o sentimento de classe profissional, beneficiando alguns com prémios de excelência e prejudicando outros com o desprezo e a indiferença.

Desejamos encontrar sinais de dignidade e respeito nos actos políticos. Mas, não vislumbramos tais sinais naqueles que persistem em destruir a nação e, pelo que estamos a ver, as Instituições que são o garante da soberania nacional… até os mais distraídos, respiram esta insegurança e mau estar.

Insegurança provocada por uma classe de gente que enganou o povo e continua a enganar, descaradamente… gente que desgovernou o país, mas que se governou demasiadamente bem…

Neste cenário, é absolutamente legítimo que se investiguem os documentos da administração pública, que se ponham à luz do dia as despesas dos gabinetes, a sobrecarga económica dos “boys”, os critérios utilizados para promover funcionários do estado, por relevantes serviços, em prejuízo de outros funcionários que continuam atirados para o desolamento de uma estagnação imposta por gente insensível, gente que institucionalizou métodos de avaliação de produtividade e de capacidade, absolutamente retrógrados e desumanos, proporcionando ambientes de trabalho deploráveis, onde a amizade e a colaboração entre iguais deixou de existir, em benefício de desejos incontrolados de ser “o melhor”, a fim de estupidificar e anular o colega do lado só para obter os prémios de excelência, e provar que é o melhor.

É um atentado á inteligência humana e à boa vivência entre iguais que se instalassem sistemas tão redutores, tão constrangedores, levando à aniquilação de classes e à existência de inimigos debaixo da mesma organização.

Um movimento de consciência nacional é urgente.
É urgente a reposição dos direitos fundamentais conquistados durante tantos anos de luta.
É urgente repudiar o excesso de “zelo” (sinal de corrupção), a bajulação e o cinismo que se instalou dentro da administração pública.
É urgente demonstrar que os funcionários públicos não são os autores da crise económica, nem as demais classes trabalhadoras.
É urgente fazer renascer o espírito conquistador e humano dos portugueses.
É urgente devolver Portugal aos portugueses, pois essa gente que nos desgoverna, português não é… certamente.

Manuel Ascenção Fernandes

domingo, 17 de outubro de 2010

Portugal e os Portugueses, dominados por Elites sem vergonha


Noam Chomsky elaborou uma lista de 10 itens, que correspondem às 10 estratégias das Elites sem vergonha, que lutam pelo Poder e o usam para se auto promoverem, enriquecerem rapidamente e criarem sociedades absolutamente desumanas, insensíveis e facilmente manipuladas pelos média ao serviço do Poder político:

1 - DISTRAIR
Distrair as pessoas com informação e programas de baixo nível moral e cultural, desviando a sua atenção dos problemas importantes da Nação, alienando-as com o futebol e programas sem princípios e sem valores humanos. Esta distracção propositada cria condições para a mediocridade generalizada, inviabilizando caminhos para o conhecimento essencial que evolucione as pessoas.
"Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar…" (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas').

2 - CRIAR CONDIÇÕES SOCIAIS QUE DIVIDAM AS PESSOAS E GEREM PROBLEMAS GRAVES… DEPOIS, APARECER COMO SALVADOR COM AS SOLUÇÕES INEVITÁVEIS
Criar problemas, situações que causem reacção negativa nas pessoas, a fim de as debilitar emocionalmente, transformá-las em “presas” fáceis, melhor dizendo, transformá-las em cobaias sobre as quais recaem as piores medidas que o Poder deseja que sejam aceites passivamente.
Tanto assim é, que o Poder político, a Elite sem vergonha, deixou que a violência se instalasse nas sociedades, desautorizando os polícias na sua missão de proteger as vítimas; ao mesmo tempo provocou as pessoas com medidas desumanas, para que as mesmas reagissem por sufoco, desenvolvendo estados de depressão psicológica, facilmente utilizadas como cobaias na implementação de leis instáveis, experimentais, privando-as das liberdades fundamentais e da tranquilidade essencial ao desenvolvimento da pessoa e da Nação.
Em resumo: criar crises económicas, usar as pessoas como cobaias levando-as a aceitar como inevitável, os retrocessos dos direitos humanos fundamentais e o desmantelamento dos serviços públicos e dos funcionários públicos, como um mal necessário...

3 - FAZER ACEITAR MEDIDAS ENGANOSAS, GRADUALMENTE
Para provocar a aceitação de medidas inaceitáveis, o Poder aplicou-as gradualmente, enganosamente, tipo conta gotas, por anos consecutivos, sem as pessoas se darem conta das consequências.
Desta maneira, as condições socioeconómica se deterioraram, e as vidas individuais se desmoronaram com as dívidas, que foram contraindo, subliminarmente impulsionadas, através da publicidade bancária e das facilidades enganosas, venenosas, sendo o Poder político conhecedor dos resultados catastróficos a breve prazo.

Conduziram-se as pessoas ao endividamento compulsivo, sendo a publicidade habilmente preparada, o motor de tal catástrofe, levando as pessoas a desejarem vidas acima das suas possibilidades, e a perderem a honestidade e os valores humanos.

A banca e o próprio Estado, apoiaram esta estratégia, parecendo, a partir da década de 80, que algo estava a ser imposto, no sentido de criar modelos de vida anti-humanos, em que o “ter” e o “comprar” compulsivamente eram as normas desejadas pelo “Sistema”.
Todas as injustiças foram aplicadas gradativamente, em prejuízo do bem comum: as privatizações, a precariedade dos empregos, as discriminações sociais, o desemprego em massa, os salários que já não asseguram vidas decentes…
Tantas mudanças graduais, as quais teriam provocado uma revolução se tivessem sido todas aplicadas de uma só vez. Mas, o "Sistema" é maquiavélico, por isso, usou a estratégia de administrar o “veneno” em conta-gotas.

4 - APRESENTAR SOLUÇÕES INACEITÁVEIS, DESUMANAS, COMO SE FOSSEM ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIAS, INEVITÁVEIS
Fazer circular opiniões impopulares, apresentá-las de uma forma pesarosa, convencendo as pessoas e obtendo a sua aceitação e resignação, progressivamente, para depois o Poder ter o caminho livre para implementar soluções desumanas e injustas, sem a reacção das próprias vítimas, as pessoas que foram progressivamente induzidas ao engano, através dos “fazedores de opinião pública” ao serviço desse Poder instituído, que já perdeu há muito os valores e a dignidade.

5 - DIRIGIR-SE ÀS PESSOAS COMO SE DE CRIANÇAS, OU DE DÉBEIS MENTAIS SE TRATASSEM
A publicidade, as Elites dominantes sem vergonha e os seus servidores, na sua maioria, dirigem-se ao grande público utilizando discursos, argumentos, personagens e entoação chocantemente infantis, para não dizer pior, ou seja, muitas vezes próximos da debilidade mental, como se o espectador fosse uma criança de tenra idade ou um débil mental, desprovendo-as de sentido crítico.

6 - UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE O REFLEXIVO
Fazer uso da táctica emocional é algo muito utilizado para castrar as pessoas do seu sentido de análise sã, pondo fim ao sentido crítico. Além disso, a utilização da chantagem emocional, permite abrir as portas do subconsciente para implantar ideias, desejos, medos, compulsões, induzindo a comportamentos de infelicidade e de impotência humana...

7 - MANTER AS PESSOAS NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE
Fazer com que as pessoas sejam incapaz de compreender as metodologias utilizadas pelo Poder para serem controladas e reduzidas à escravidão, abrindo mãos de todas as conquistas humanas e sociais das últimas décadas.
Intencionalmente degradam-se as condições sociais, provocando uma educação medíocre às pessoas sem recursos económicos, de forma a que se estabeleça um abismo e se recriem as classes sociais inferiores e superiores, impossibilitando as inferiores de terem uma vida de qualidade.

8 - ESTIMULAR AS PESSOAS A SEREM COMPLACENTES COM A MEDIOCRIDADE
Promover programas, publicidades e debates públicos, de forma a passarem a mensagem subliminar de que o que é bom é ser estúpido, promíscuo, vulgar e inculto...

9 - REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTO CULPABILIDADE
Fazer com que as pessoas acreditem que são somente elas as culpadas da crise e da sua própria desgraça, por insuficiência de inteligência, de capacidades próprias, ou de esforços. Assim, ao contrário de se revoltarem contra o “Sistema” económico montado para sustentar os Senhores do Poder e os Boys, as pessoas menosprezam-se, culpabilizam-se, condenam-se, gerando estados depressivos, sendo um dos efeitos a inibição para a acção.
E, sem acção, não há revoluções, nem mudanças de mentalidade!

10 - CONHECER MELHOR AS PESSOAS DO QUE ELAS PRÓPRIAS SE CONHECEM
Nos últimos 50 anos, os avanços da ciência têm criado uma brecha enorme entre os Povos e as Elites dominantes. Parecendo que se confirma a conspiração dos Senhores do Clube de Bilderberg, empenhados em transformar a humanidade em escravos débeis, doentes e ignorantes, tendo somente lugar ao Sol, os que se submetem às suas regras desumanas de Poder insaciável.
Veja-se o conhecimento que essas Elites do Poder tem sobre o comportamento das “massas populares”, e como utilizam os média para:
distraírem as pessoas com a mediocridade, dividindo-as, inviabilizando a unidade para os valores fundamentais do bem comum;
imporem medidas desumanas gradualmente, tipo conta gotas, para apresentarem mais tarde soluções degradantes “inevitáveis”;
dirigirem-se às pessoas como se de doentes mentais se tratassem, utilizando a chantagem emocional para as debilitar, empurrando-as para a mediocridade, provocando sentimentos de auto culpabilidade, quando na verdade, foi o “Sistema” que levou as pessoas, subliminarmente, a destruírem as suas economias, pelo consumismo compulsivo, injectado com propósitos maléficos, através da publicidade e discursos enganosos.

Os Senhores do “Sistema”desfrutam de um conhecimento avançado do ser humano, nas áreas da neuro biologia e da psicologia aplicada, ao ponto de obterem total conhecimento do comportamento das massas, quer no aspecto físico quer no psicológico. Conhecem melhor as pessoas comuns do que elas próprias se conhecem.
Isto significa que, os Senhores do Poder exercem um controle quase absoluto sobre as pessoas, dificultando por todos os meios que elas tenham auto domínio, se conheçam verdadeiramente a si próprias e principalmente, que comecem a pensar como pessoas inteligentes… que o são, na verdade.

São estas as "metodologias" utilizadas pelas Elites sem vergonha, que dominam Portugal e os Portugueses...
Maria Beatriz Saldanha

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O fim último da vida não é a excelência!


Não tenho filhos e tremo só de pensar.
Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades.
Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.
Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o marido de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a tomar Prozac.
É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!
João Pereira Coutinho





segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Desmoronamento de sociedades desumanas



Tenho-me questionado sobre a razão de tanta indiferença, relativamente à degradação visível do Poder Político. Há silêncios que pairam no ar, e nada sabemos do que vem a seguir. Tudo muda rapidamente, segundo as conveniências políticas, nem temos tempo para perceber o que está acontecendo.

Formas de sobrevivência digna, é isso que temos de procurar: sobreviver à infestação de maus princípios de vida e de conduta por parte dos detentores do Poder Político, e não só.

Ser Político, é um degrau para as luzes da ribalta. Degraus subidos, ao que parece, pisando e enganando a população que, adormecida, se está deixando alienar de diversas formas: através do futebol, do poder religioso (salvo os verdadeiros espiritualistas) e da perda de princípios e valores fundamentais à boa convivência humana.

Faltam-nos as estrelas com luz própria, brilhando no céu de uma sociedade alienada. Onde estão? Ao que parece, sufocadas pela poluição mental, jogos de poder, exalados pela respiração ruidosa e doentia de quem transformou uma sociedade de gente que consegui conquistar direitos, garantias e trabalho digno, numa sociedade de gente alienada e congestionada pelos meios de comunicação social ao serviço do Poder, gente que deixou que lhe roubassem os frutos das suas conquistas.

Que fazer perante o desmoronamento de uma sociedade mal construída, débil, criada para servir os poderosos do topo e esquecer os pilares básicos que dão a garantia de sociedades felizes e de progresso?

Muitos de nós já estão a pensar em novas formas de encarar a vida… quiçá, recuperar a humildade da riqueza da sabedoria humana do tempo passado e, abominar a miséria da arrogância humana que abunda no tempo presente, daqueles que se julgam superiores só porque conseguiram um “canudo”, para poderem dominar e vencer, sem escrúpulos, sem valores e sem princípios.

Beatriz A. Albuquerque

domingo, 8 de agosto de 2010

Especialista diz que indústria alimentar está a "espalhar modo de vida mortal"

As grandes multi nacionais da indústria alimentar ocidental estão a espalhar, globalmente, um "modo de vida mortal" ao vender produtos que potenciam doenças como obesidade e diabetes, defendeu hoje, sexta-feira, a especialista italiana Loretta Napoleoni.

"Tenho sérias dúvidas de que a economia esteja a preparar um mundo melhor. Creio que está a prejudicar a nossa saúde, porque representa a alteração dos hábitos alimentares para o ponto em que os alimentos que ingerimos se tornam a principal causa da propagação de doenças como obesidade e diabetes", justificou a responsável na conferência sobre a saúde oftalmológica, que decorre até sábado em Sintra.

Loretta Napoleoni defende que, "para impedir a disseminação da obesidade e da diabetes, é preciso reformar alguns segmentos da economia globalizada, mais especificamente a indústria alimentar, que não vende somente a dieta ocidental em todos os cantos do mundo, mas também um estilo de vida mortal".

A conferencista garante que a diabetes e a obesidade estão directamente ligadas "à alta ingestão de gorduras saturadas, alimentos processados, e açúcar", substâncias que são "abundantes" na dieta ocidental, e que estão disseminados em todo o mundo através das multi nacionais do sector.

"Neste contexto, a medicina moderna pode fazer muito pouco. Projecções para 2025 mostram que o número de pessoas afectadas por estas doenças vai crescer rapidamente", disse Loretta Napoleoni, jornalista e escritora italiana.

Para a especialista, é necessário criar uma aliança entre a medicina e a política para parar a propagação de doenças resultantes da má alimentação, como a "fast food", mesmo nesta altura de recessão económica.

"O maior paradoxo da economia passa pelo facto de os alimentos processados manterem vivo o capitalismo. Mas o custo de curar as pessoas afectadas está a crescer e rapidamente ultrapassará as vantagens [económicas] das vendas de 'junk food'", adiantou.

Organizada pela Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, esta conferência internacional junta dezenas de profissionais do sector da medicina.
Segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, António Travassos, esta conferência tem o objectivo de mostrar o que se faz de mais recente ao nível de estudos da retina, da oftalmologia pediátrica, e da ergoftalmologia.
Jornal de Notícias
08 Agosto 2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Timor: as razões do Golpe de Estado de 2006

Quando, em 28 de Novembro de 1992, ouvi as respostas de Xanana Gusmão na entrevista que lhe estava a ser feita na cadeia pelo governador de Timor nomeado pela Indonésia, não tive dúvidas de que tinha traído a sua luta anterior, os seus ideais, os seus companheiros da guerrilha. Apesar da pouca informação disponível, foi isso mesmo que escrevi no Jornal do Fundão seguinte, em 4 de Dezembro: “e não há que escamotear a questão: um lutador, um resistente durante 17 anos, no fim meia dúzia de dias nas mãos de torcionários, não resistiu e assumiu o papel de renegado”.
A informação que havia sobre Timor era escassa e as notícias davam a prisão como uma vitória da ditadura de Suharto. Pensei que fora mais um caso infelizmente semelhante tantos outros. Incapaz de resistir à tortura, Xanana Gusmão, o até então líder da resistência armada timorense, passara-se de armas e bagagens para o lado do até aí seu inimigo. Por isso escrevi que “a sua [de Xanana] traição não é um crime menor do regime de torcionários de Suharto – pela violência mais brutal, desrespeitando os direitos mais elementares do Homem, transformá-lo ali, à nossa frente, num renegado, é um crime sem perdão”.
Enganei-me.
Mais tarde, noticiou-se que Xanana não fora preso mas desertara, que já antes da simulação da prisão passava semanas seguidas em casa de familiares em Dili, a negociar com os representantes da Indonésia em Timor, a sua vida futura. As suas condições na prisão, cumulado de mordomias e com um regime prisional inimaginável para um preso político, quanto mais para um guerrilheiro, tornaram ilegítimas quaisquer dúvidas.
Apesar do profundo golpe sofrido, a Fretilin e o povo timorense continuaram a sua luta, sempre ignorada pelos media, contra a ocupação Indonésia.
Se o massacre de Santa Cruz em 12 de Novembro de 1991 catapultou a luta do povo timorense para as primeiras páginas dos jornais, os heróis promovidos foram Xanana e Ramos Horta, ambos ausentes de Timor.

Ramos Horta, mais polido, sem o discurso sonolento e embrulhado de Xanana, sempre se moveu muito bem junto dos lobbys norte-americanos e mostrou saber conviver com o poder australiano. Daí não surpreender, nas negociações sobre o petróleo com a Austrália, a sua persistência na apresentação de três propostas todas elas “do agrado Howard Downer [Primeiro-Ministro australiano], mas cujo resultado era a diminuição dos recebimentos para o seu país”. (1)

Se em 2006 Timor recebeu já alguns milhões de dólares, proveniente de petróleo que havia sido explorado pela Austrália, a partir de 2007 os montantes vão crescer de forma considerável.

Enquanto o governo da Fretilin presidido por Mari Alkatiri tinha aprovado bases rigorosas, unanimemente reconhecidas como a melhor prática internacional e um meio transparente para a gestão das receitas nacionais do petróleo, Xanana Gusmão já em 2006 propunha “acabar(-se) com o controlo na utilização dos recebimentos do petróleo”.

Mas este golpe iniciado com o apoio de Xanana ao golpista Alfredo Reinaldo e a exigência do pedido de demissão do Primeiro-Ministro Mari Alkatiri, logo secundado por Ramos Horta, então ministro dos Negócios Estrangeiros, não seria possível sem o apoio claro da Austrália.

Em 9 de Junho de 2006, Howard, Primeiro-Ministro da Austrália, começou por afirmar, numa clara e inadmissível ingerência nos assuntos internos de Timor que o problema era uma “governabilidade pobre”.
Dois dias depois, a 11 de Junho, interrogado sobre o que pensava a Austrália fazer respondeu: ”Estamos num caminho difícil de percorrer. Por um lado queremos ajudar, somos o poder regional, estamos em posição de fazê-lo. Temos a responsabilidade de ajudar, mas quero respeitar a independência dos timorenses. Por outro lado, eles devem desempenhar essa independência ou assumir a responsabilidade dessa independência com mais eficácia do que a têm tido nos últimos anos”…

A sintonia entre o tandem Xanana-Horta e o governo australiano era tão perfeita que Ramos Horta, então ministro dos Negócios Estrangeiros do governo presidido por Mari Alkatiri, à saída da inconclusiva reunião do Conselho de Estado em plena crise, logo completou a insinuação e o desejo do Primeiro–Ministro Australiano: “ o que agora é necessário é uma solução da actual crise política, o que implica, obviamente, que o Primeiro-Ministro vá no sentido que muita gente quer e se demita”.
Mas se Ramos Horta sabia o que fazia e dizia, Xanana apresentava provas de correr por conta alheia, chegando ao ponto de permitir, numa manifestação clara de que sabia quem mandava, que a mulher, uma australiana sem qualquer cargo em Timor, fosse à rádio nacional fazer uma declaração patética em seu nome!
A 26 de Junho, 15 dias depois da declaração da ingerência, Mari Alkatiri sai do governo, não sem antes denunciar que estava em curso um golpe de estado, o que agora se pretende consumar com o afastamento da Fretilin de todos os cargos de Estado, ao arrepio das regras constitucionais.

Ramos Horta, ao afastar inconstitucionalmente a Fretilin da indigitação do Primeiro-Ministro, que “avançou desde início com um Governo de Grande Inclusão”, como ele próprio havia proposto após as eleições, pretende concluir o golpe de estado iniciado há ano e meio, e dar início a um ciclo de independência tutelada, em subordinação ao “poder regional”.
(1) Tim Anderson, Professor de Política Económica da Universidade de Sydney, Independência: Eleições em Timor Leste, in Sinpermiso
José Paulo Gascão

Fonte: ODiario.info

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O que mais me preocupa é o silêncio dos bons



Diz-se por todo o lado e escreve-se, que a tristeza invade a mentalidade dos portugueses.

Povos mal tratados, resultam em gente triste e sem esperança.
Os portugueses tem sido maltratados pela classe política dominante, notando-se muito nos últimos anos. Basta nos compararmos com os povos das nações mais prósperas da Europa, para chegarmos a essa triste conclusão.

Sabemos que temos potencialidade humanas e técnicas, mas continuamos a ser menosprezados pelos da “nossa casa”.
Muitos são os casos de portugueses com valor, que só se viram valorizados fora de Portugal.

Não é honroso para o país constatar esta realidade. Estranho é, depois, divulgaram em programas “de sucesso” os casos daqueles que tiveram de sair do seu próprio país para se sentirem gente, e serem reconhecidos...

A vocação política já não cumpre os seus objectivos essenciais. Algo se adulterou.
Servir o povo e os seus interesses humanos e económicos, já não faz parte da agenda política, a qual parece servir somente objectivos curriculares para altos voos de interesse meramente pessoal.

Construir ambientes urbanos que contribuam para o bem-estar psicológico e a qualidade de vida das pessoas, parece não ser um assunto de grande importância.

Fazem-se leis vampirescas, para sugar o pouco que ainda nos resta, mas não se fazem leis que nos facilitem uma vida de qualidade ambiental, que evite a propagação de doenças depressivas, provocadas pelo desprezo a que somos submetidos.

Sabe-se que o ambiente urbano influencia o estado de espírito das pessoas. O que se tem feito para melhorar o ambiente urbano? Utilizar os espaços para implementar uma ética de simplicidade urbanista, onde predomine a beleza dos pequenos jardins e das árvores e as casas deixem de ser caixotes de armazenamento de pessoas, é assunto que parece não interessar aos detentores do poder. Leis para proteger a sanidade mental das populações, onde estão?

Não é boa atitude defender a má conduta de alguns grupos sociais, pelo contrário, devemos estar atentos a fim de dizer algo sobre a deterioração mental que se propaga em todos os níveis da nossa sociedade. Muitos destes grupos sociais desestabilizadores, vivem em bairros degradados, e em caixotes de armazenamento de pessoas.

Sabe-se que as condições de vida, podem mudar o comportamento das pessoas e interagir no seu foro psicológico, provocando mudanças de comportamento.

Quem tem o poder muito pode fazer para mudar o rumo do barco, à beira do abismo, pois além da deterioração do comportamento das pessoas, vemos acelerar a deterioração da economia pessoal.

Urge mudar de atitudes, cada um cuidar da sua saúde mental, se for capaz, procurar informar-se e libertar-se da ignorância induzida, livrar-se do lixo psicológico que foi depositado na mentalidade e nos hábitos de vida colectivos.

Como disse Martin Luther King:
“O que me incomoda não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem carácter, nem dos sem ética, o que mais me preocupa é o silêncio dos bons”.
Albano Tomas

A Obesidade Mental


O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.

Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.

«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada.

Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono.
As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas.

Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.

Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema.

Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação

O problema central está na família e na escola.
«Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.
Com uma "alimentação intelectual" tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada

Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma:
«O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas.
A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.
»

O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.
«Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais

Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.

«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve.
Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto
».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.

A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.

Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.

Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam.
É só uma questão de obesidade.
O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental

César das Neves

sábado, 17 de julho de 2010

Em nossas vidas mais privadas e subjectivas, somos os artífices da nossa época...


Tempos difíceis, saturados da continuação dos mesmos erros e atitudes, fecho de um ciclo de uma velha civilização que nada aprendeu e que nunca tirou as palas dos olhos...

Tempos de mudança, inevitável... cheios de esperança e certeza de uma nova mentalidade, aberta para uma nova civilização, que não irá repetir os erros trágicos do passado e que olha para o mundo e vê todas as possibilidades de caminharmos bem e de cabeça levantada.

É a Natureza, vítima da mentalidade predadora do velho Homem, que nos assinala essa mudança.

A velha época humana está em decadência, mas a Natureza, renasce fulgurante após cada acto de violência provocado pela mão do Homem, velho e decadente, sem princípios éticos e sem noção do compromisso.

A linha de transição está à vista. A luz da evolução que foi banida pelo próprio homem egoísta e descomprometido, retorna poderosa, sem nada que a detenha.

Esta força, este movimento da Natureza, parece espontâneo e fácil, qual explosão natural das forças latentes sufocadas e violadas durante séculos e milénios, pela ignorância e egoísmo do velho Homem, falso, mentiroso, egoísta, sem noção de compromisso (nem consigo próprio quanto mais com o outro), desconfortável e incomodado perante o ressurgir do novo Homem, de nova mentalidade. O qual, surgindo das novas exigências do tempo que chega, não cria condições para usar, abusar e prejudicar o outro, pois por mais pequeno que o outro seja, fará sempre parte do todo e da harmonia que urge instalar-se.

O velho Homem, derruba os mais fracos, porque se julga dono e senhor de tudo, mas é cobarde perante os mais fortes e rasteja em segredo nos submundos da mentira e da promiscuidade humana só para se manter acima de tudo e de todos e convencer os outros de que é uma pessoa respeitável e respeitada.

O Novo Homem é o oposto, absolutamente, abraça o bem da comunidade, porque sabe que todos são parte do todo e não podem haver excluídos nem marginalizados, se um sofre, toda a comunidade é afectada, ainda que não pareça. Fala a verdade e não se mistura nos mundos complicados da mentira.
O novo Homem, sabe que:
  • ninguém é menos essencial, ou menos importante, pois há uma interdependencia total;
  • cada pessoa é autónoma e livre, porém, interdependente do bem comum. Sabe que a liberdade e a determinação tornam-se factores relativos quando o seu efeito provoca a destruição e o sofrimento de uma parte desse todo;
  • cada pessoa é responsável e co-criadora da sua evolução e da evolução da sociedade e do meio ambiente.

É certo que a Natureza está-se auto-organizando dinamicamente, adaptando-se a uma nova civilização que já se avista, mas o velho Homem, continua preso aos sistemas antigos e bolorentos da exploração do homem pelo homem, da mentira e hipocrisia, da desigualdade extrema... e a tudo o mais que alguns de nós já sentimos duramente na pele, no passado ou no presente, devido ao egoísmo e insensibilidade do outro, e quantas vezes até, ao egoísmo e insensibilidade proveniente daqueles que muitas vezes nos dizem amar... estranhas formas de amar!!

Associações de pessoas com os mesmos ideias, parecem de todo inevitáveis. Embora possam vir a ser em quantidades consideráveis, todos esses grupos convergem para o mesmo fim: para a nova civilização emergente, à vista no horizonte, onde os propósitos egoísta e de exploração cruel estão ausentes, por isso, seguramente, os erros serão evitados em grande escala.

Nada pode continuar do velho mundo. A saturação chegou a um limite. O velho homem tornou-se inimigo até de si próprio, pois ainda não entendeu que sendo arrogante, egoísta e inimigo do bem comum, se tornou brutalmente criador de sociedades sem qualidade humana e ambiental, onde já não se pode viver bem.

O velho Homem, não conhece compromissos, nem consigo próprio, ignora que cada acto e cada decisão sua, ainda que seja no mais obscuro do seu viver, provoca influências, tal como a pedra atirada a um lago, provoca ondas que atingem o lago todo, até à própria margem.

O Novo Homem, conhece compromissos e honra-os, criando-os primeiro consigo próprio.

As crises da vida moderna, e na mente de cada um, exigem uma auto reflexão, um apaziguamento connosco próprios, com a vida, com os outros e com as mudanças inevitáveis á vista.

Como disse Carl Jung:
“Em última análise, o essencial é a vida do individuo. É só isso que faz a história, só aí é que as grandes transformações acontecem, e todo o futuro, toda a história do mundo brotam fundamentalmente como uma gigantesca somatória dessas fontes escondidas nos indivíduos. Em nossas vidas mais privadas e subjectivas somos não só as testemunhas passivas da nossa era, e suas vítimas, mas também seus artífices. Nós fazemos nossa própria época.”

Ricardo Matias Oliveira

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eles comem tudo e não deixam nada...

Sacrifícios é o tema de todo o discurso político. Que bombardeiro!!!
Sacrifícios e mais sacrifícios! Impostos e mais impostos! Conversas e discursos da treta, só para nos convencerem de que o Zé Povinho, é que tem de pagar a crise! Ora esta!!!
Mas fazem de nós parvos, ou quê?
Acham acaso, que somos cegos de visão? Ou talvez obtusos, sem uma réstia de inteligência? Só pode ser isso!
Caso contrário não seriam tão descarados, eles, aqueles de quem estou a falar: os que nos estão a obrigar a pagar a crise, enquanto eles, os grandes senhores, safados e sem vergonha, não abdicam dos seus altos privilégios, subsídios chorudos e mais o que não queremos saber, porque só o que sabemos já basta.

Então, aumentam os impostos, ameaçam que o pior ainda está para vir, mas por outro lado, dizem que temos de ser positivos, ou seja, estão-nos a tramar, para não dizer outra palavra que seria a mais apropriada. Pedem-nos para sorrir, para delirar com a bola e com as telenovelas e outras palhaçadas para nos entreterem e adormecerem. Bravo! Grandes cabeças! Eles são de mais! Eles, os tais que nos estão a convencer que nós é que temos de pagar e não bufar.

Eles, os tais que nos estão a tramar, fazem boa figura em todo o lado:
São os milhões para ajudar o país A e B, que segundo dizem até estão pior do que nós!
São as festas e as festanças para fazerem uma grande figura e convencerem os parvos de que tudo anda sobre rodas (para eles, claro!)… e paga o Zé Povinho, o tal que tem de fazer todos os sacrifícios, que tem de ser o otário, para esses tais senhores continuarem a gozar connosco, à grande e à francesa, pois bem!

Pois bem, é verdade! Aumentos de salários? progressões profissionais? direitos conquistados depois do tal 25 de Abril? (a propósito de 25 de Abril, para quê festejar esta data? perguntamos nós AGORA!) Pura anedota!
Não há dinheiro, dizem eles, os tais senhores. Senhores??

No entanto, gastam-se milhões em despesas do Estado, para o conforto e o luxo dos tais senhores, que nos obrigam a pagar a crise.
Obrigam? Sim, obrigam!

A questão é, até quando?
Até acordarmos desta treta que nos querem impingir, ou seja, pensam que não temos olhos para ver que o que se gasta em supérfluo e em luxos desnecessários, dá que sobra para solucionar a crise, não sacrificando brutalmente a classe média, nem aumentando a pobreza.

Consciência? Terão os tais senhores, consciência? Enfim, veremos o desenrolar deste mar de hipocrisias…

E continuemos nós, os alvejados, o Zé Povinho, os que estamos sempre na mira desses tais senhores, por quem já não temos simpatia, continuemos vigilantes, e sempre que acordemos de um pesadelo, ou de um sonho bonito (que bom!), acreditemos que Portugal pode ser o sítio onde cada um possa ter um lugar ao Sol… a questão que ressalta é: “ELES COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA…”

No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
Vem em bandos
Com pés veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada

Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
E não deixam nada

A toda a parte
Chegam os vampiros
Poisam nos prédios
Poisam nas calçadas
Trazem no ventre
Despojos antigos
Mas nada os prende
Às vidas acabadas

São os mordomos
Do universo todo
Senhores à força
Mandadores sem lei
Enchem as tulhas
Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei

Eles comem tudo
E não deixam nada

No chão do medo
Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos
Na noite abafada
Jazem nos fossos
Vítimas dum credo
E não se esgota
O sangue da manada

Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
E não deixam nada

Eles comem tudo
E não deixam nada
(Zeca Afonso)

Um Zé Povinho

domingo, 11 de julho de 2010

O lucro e a ganância do ter sobrepõe-se à felicidade do ser


No ambiente social actual prevalecem e aumentam as injustiças, desigualdades, exploração e opressão do homem pelo próprio homem. Muitos desta grande humanidade, já sentimos pulsar a necessidade de buscar a libertação, e sentimos que isso é inevitável para uma mudança urgente, porque os males impostos pelos grandes dominadores alastram-se a uma grande velocidade.

Sentimo-nos fartos de viver num mundo em que as injustiças são o selo das sociedades, sociedades programadas para se supervalorizar o ter e desprezar o ser. A pessoa é respeitada pelo que tem, e não pelo que é. Tem de ter largos milhares no banco e se apresentar com um bom carro para ser respeitada... aí tem tudo e todas as portas se abrem. Se não tem esse selo de apresentação, um bom carro de última gama e muitos milhares, mesmo sendo um cidadão honesto, tudo lhe é recusado... é um pobre coitado! Tem de se sujeitar às esmolas que os senhores do poder decidem atirar, esperando um grande agradecimento do pobre coitado...

O lucro e a ganância do ter sobrepõe-se à felicidade de ser pessoa. Fomenta-se a competição a tal ponto, que só resta aniquilar os mais fracos e mais sensíveis, negando-se a solidariedade e a criatividade.

As restrições ao pleno desenvolvimento humano são impostas de forma tão brutal, que só alguns, os poucos privilegiados socialmente, se mantém à tona da água nos seus luxuosos barcos, sorrindo para os que estão na margem.

É necessário repensar um mundo melhor, mais justo, solidário e humanizado, pois os senhores que nos governam acham-nos demasiado insignificantes e por isso nos esmagam com as suas leis desumanas e inaplicáveis num mundo realmente humano que tanto desejamos.

A história fala-nos de movimentos que se formaram para enfrentar as infindáveis dificuldades que surgem como consequencia do egoísmo e da maldade humana. Não tardará a existência de novos movimentos necessários para conseguirmos superar os problemas de cada dia, em busca da sobrevivência, em busca de uma nova sociedade.

Quem consegue viver de cabeça levantada, como exige a sua condição humana?? Se os senhores do poder adormecem a pensar no novo imposto para sugar a nossa energia!! Acordam para legislar novos impostos e novas formas de acorrentar as pessoas!!
Somos devorados por impostos e mais impostos, que sugam a capacidade de sorrir e de esperar uma vida digna.

Muitos se sentem envolvidos neste sentir e buscam a sua emancipação humana, num desejo de se libertarem das garras de tais opressores, os fazedores de impostos injustos e violentos... a nova arma para aniquilar a classe média, são os impostos a qualquer preço, já que a classe alta nada sofre e a classe pobre já está há muito na planície empestada de vampiros que não os deixa levantar a cabeça. O que importa é cobrar impostos. O bem-estar das pessoas nada importa.

Sim, devemos transformar a realidade. Como? Começando a pensar em novas formas de luta. As manifestações já não são a melhor luta, pois corremos o risco de ser espancados até à morte e será mais um que vai para a vala do esquecimento.

Paradoxo dos paradoxos, até os polícias já não podem cumprir a sua missão de defensores de gente honrada... coisa nunca vista! polícia que agrida bandido tem a sua sina lida, que é o mesmo que dizer, tem a sua vida estragada.

Já não dá para suportar este ambiente deteriorado pelos senhores do poder, que idealizaram um tipo de sociedade baseada no consumismo cruel, imposto por propaganda agressiva... e agora temos um povo acorrentado com dívidas, sem capacidade para se libertar dessas correntes...

Os senhores do poder usaram e fomentaram a ignorância, conduzindo uma população inteira para o abismo...
E agora?
Temos de pensar melhor, agir melhor... e esperar que os movimentos de libertação surjam, movimentos baseados em acções pacifistas, que restituam à sociedade os valores humanos perdidos...

Augusto Vilaverde

sábado, 10 de julho de 2010

Timor, para quando o teu despertar?


Timor,
desperta para a verdade, não te deixes enganar nem afundar na escumalha de gente oportunista que ocupa os teus espaços livres.

Timor,
Desperta, não deixes que a tua história se perca na escumalha de gente que te invadiu, que esmaga os que lhe convém por uns míseros e largos milhares de dólares.

Timor,
Desperta, pois as tuas montanhas são o jazido de muitos dos teus heróis, valentes guerreiros, que abençoaram os seus filhos com o exemplo da sua honra.

Timor,
Desperta, porque as flores necessitam do teu despertar para voltarem a florir e embelezarem nas noites intermináveis, as sepulturas dos que desapareceram em momentos de traição.

Timor,
Desperta, porque é triste nascer em Timor, e não poder fugir das mãos dos traidores.

Se não despertares, Timor, só nos resta desaparecer, chorar nas montanhas, quando a alma assim o exigir e esperar que os traidores caiam no buraco que eles próprios prepararam para te afundares.

Mertuto

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Honestidade que nos devolva a liberdade

Ser honesto é algo que não faz parte da classe política actual, a tal classe que promete só para granjear votos de poder… um poder que abriu portas à construção de sociedades assentes sobre quatros pilares: consumismo, oportunismo, competição e corrupção levados aos extremos.

Classe política que abriu portas ao roubo de algumas conquistas sociais justas, que põe todos no mesmo saco, e à semelhança dos campos de concentração, com requintes de modernice, nos suga e chicoteia, à semelhança dos carrascos desses outros campos de concentração.

O pior de tudo é que no actual meio social, não humano, existe muita gente a imitar esta classe política, e por tal razão, passamos a observar a globalização da exploração do homem pelo homem, sendo o mais forte a aniquilar aquele que supostamente é mais fraco.

Mas, no mundo dos humanos ainda existem histórias que, acreditamos serem reais, nos fazem sentir mais humanos e nos fazem acreditar que um dia voltaremos a ser felizes, sendo honestos…

A história que se segue fala de uma honestidade fantástica, contada por Vladimir, jovem prisioneiro de um campo de concentração.

Vladimir tinha um companheiro de prisão chamado Andrey.
Ambos sabiam que daquele lugar poucos saíam com vida, pois o alimento que se dava aos prisioneiros políticos não tinham por objetivo mantê-los vivos por muito tempo.
A taxa de mortalidade era extremamente alta, graças ao regime de fome e aos trabalhos forçados. E como é natural, os prisioneiros, em sua maioria, roubavam tudo quanto lhes caía nas mãos.

Vladimir tinha, numa pequena caixa, alguns biscoitos, um pouco de manteiga e açúcar – coisas que sua mãe lhe havia mandado clandestinamente, de quase três mil quilômetros de distância. Guardava aqueles alimentos para quando a fome se tornasse insuportável. E como a caixa não tinha chave, ele a levava sempre consigo.

Certo dia, Vladimir foi despachado para um trabalho temporário em outro campo. E porque não sabia o que fazer com a caixa, Andrey lhe disse: deixe-a comigo, que eu a guardo. Pode estar certo de que ficará a salvo comigo.
No dia seguinte da sua partida, uma tempestade de neve que durou três dias tornou intransitáveis todos os caminhos, impossibilitando o transporte de provisões. Vladimir sabia que no campo de concentração em que ficara Andrey, as coisas deviam andar muito mal. Só dez dias depois os caminhos foram reabertos e Vladimir retornou ao campo.

Chegou à noite, quando todos já haviam voltado do trabalho, mas não viu Andrey entre os demais. Dirigiu-se ao capataz e lhe perguntou:
- Onde está Andrey?
- Enterrado numa cova enorme junto com outros tantos prisioneiros – respondeu ele. Mas antes de morrer pediu-me que guardasse isto para você.

Vladimir sentiu um forte aperto no coração.
- Nem minha manteiga nem os biscoitos puderam salvá-lo, pensou.

Abriu a caixa e, dentro dela, ao lado dos alimentos intactos, encontrou um bilhete dizendo:

“Prezado Vladimir. Escrevo enquanto ainda posso mexer a mão. Não sei se viverei até você voltar, porque estou horrivelmente debilitado. Se eu morrer, avise a minha mulher e meus filhos. Você sabe o endereço. Deixo as suas coisas com o capataz. Espero que as receba intactas.”

Ser honesto é dever que cabe a toda criatura que tem por meta a felicidade.
E a fidelidade é uma das virtudes que liberta o ser e o eleva na direcção da luz.
Uma amizade sólida e duradoura só se constrói com fidelidade e honestidade recíprocas. Somente as pessoas honestas e fiéis possuem a grandeza de alma dos que já se contam entre os espíritos verdadeiramente livres.

Manuel Coelho

sábado, 3 de julho de 2010

QUIÇÁ UM SILENCIO CALMO...

Somos parte de um todo e como parte desse todo, alguns manifestam já uma descrença profunda relativamente a uma classe politica, de caris ilimitadamente ambicioso. Por tal razão, começamos a ouvir sussuros de revolta sadia, gritos silenciosos buscando algo que nos liberte, sem saber bem o que nos irá libertar.

Quiçá um silêncio calmo, um nada fazer, talvez uma espera depois de desacreditar os discursos e os sermões, que nos agridem pela componente da mentira desavergonhada.

E depois, despertar. Buscar uma ética perdida no tempo, onde, em tempos que já lá vão, a palavra era Lei, era acreditada só por ser palavra. Quem não se lembra da “Palavra de honra”!

Hoje, ser político é não ter “Palavra de honra”, portanto, não respeitar a palavra proferida, transformá-la em promessas falsas, isco para caçar os votos de pessoas que se deixam enganar e embrutecer pela máquina da propaganda.

Há uma nova dominação na Terra, esta classe política agressiva e bruta, que nos conduziu ao estado actual das coisas, que veste pele de cordeiro, e engana descaradamente, usando os mais sofisticados meios de publicidade para construir e manter torres de poder.

Já não é mais possível sentirmo-nos separados de uma humanidade agredida por alguns exemplares, que se julgam superiores a todos e que atiram para a valeta aqueles que são diferentes, ou que não reúnem condições para fazer parte de grupos cruelmente montados para transformar as pessoas em máquinas competitivas, profundamente desumanas que empurram os mais fracos para a marginalidade e a pobreza.

É necessário retornar a um silêncio calmo, talvez um nada fazer, talvez uma espera e depois encararmos com coragem os desafios de uma nova ética sadia, que inclua a obrigação moral de respeitar e abrir portas para uma vida mais humana e mais digna, onde todos tenham o seu lugar ao Sol, porque Este quando nasce é realmente para todos, só não é para aqueles que lhes fecharam as portas.

Na verdade o meu pensamento e o de cada pessoa formam um só tecido, um tecido que se rompeu grosseiramente, que perdeu a unidade das linhas que se deveriam cruzar harmoniosamente.

É esse tecido humano, rompido grosseira e intencionalmente, que temos de reparar.

Puseram-nos uns contra os outros, transformaram-nos em máquinas de consumo, roubaram-nos o humanismo, injectaram dentro de nós o pior inimigo: o ruído da propaganda, o ruído das vozes mentirosas que se instala em cada vazio do nosso ser, castrando-nos o silêncio e o próprio ser.

Quiçá um silêncio calmo, um nada fazer, um despertar da inteligência nata e observar até onde as palavras falsas e as acções demolidoras dos novos opressores conseguem ir...

Vemos-nos obrigados a novas atitudes, a novas reflexões, a novos conceitos, a desejar uma nova ética que devolva aos humanos os seus direitos e as suas obrigações... humanos, que cada vez mais são atirados para a margem, dando lugar a uma nova raça, a dos “espertos e oportunistas”.

Nova raça que renega uma humanidade sadia e justa, que aplaude os opressores, que é surda e insensível perante a dor dos oprimidos, daqueles que iniciaram já a busca de uma nova ética que contenha nas suas linhas o retorno ao humanismo e ao direito de nos libertarmos de pessoas que erróneamente se dizem avançadas, mas nada mais fazem do que explorar o seu semelhante.

O consumismo brutal, criado por este sistema, fabricante de mentalidades doentias, base de abrigo para os opressores sem escrúpulos, está a transformar as pessoas em não-seres, em escravos sem vontade própria, em máquinas sofisticadas de desejos insaciáveis.

Uma nova ética que não dê abrigo ao medo, que diga a verdade sobre os políticos, aqueles que nos falam de uma falsa ética, injusta e privada, e que perpetuam este sistema viscoso, peganhento, que sentimos na pele, e que começa a despertar sentimentos de repelência.
David Simões

quinta-feira, 1 de julho de 2010

OPRIMIDOS

O comprometimento com a vida, tem de ser a ideia fundamental dos novos oprimidos, que estamos a ser.
Pensar a nossa existência em dignidade e valor e termos consciência do nosso papel humano, influente acima de tudo, e libertador...
O medo da liberdade está patente em nós, temos medo de pensar bem e de agir em conformidade. “Não penses” é o que ouvimos vezes demais.

A luta pelos direitos humanos, pelo trabalho livre, pela afirmação dos homens como pessoas, foi uma luta que só começou porque a desumanização se instalou insensivelmente nas sociedades, tendo como resultado uma "NOVA ORDEM MUNDIAL", injusta, que gera a violência dos opressores e dos oprimidos.

A violência dos opressores torna-os desumanizados, mas leva também os oprimidos a lutar contra quem os faz menos pessoas, contra quem lhes rouba os direitos que levaram gerações a serem conquistados.

A luta contra os opressores só fará sentido, se a mesma for uma busca do humanismo perdido, uma tarefa libertadora, cuidando para não virarmos também opressores, atentando para uma verdadeira libertação, a dos oprimidos e opressores, estes últimos vítimas da sua grande e egoística ignorância humana.

Na sociedade global violenta, os opressores, egoístas por natureza, constroem a desumanização intencional. Depois, aparecem camuflados de falsa generosidade, de caridade humilhante, em que o homem é tratado como uma “coisa” a quem se atiram umas migalhas para calar essa “coisa” que anda, fala, dorme, trabalha e reproduz-se.

Na busca de libertação, vemo-nos perante sofisticados opressores, donos do saber, impondo habilmente que sejamos meros ouvintes e executantes passivos, e que acreditemos que nada sabemos.

Ora, a libertação do oprimido, que somos actualmente, devolve-nos a vontade de reconquistar a dignidade de podermos interagir, de podermos aprender e simultaneamente partilharmos o saber adquirido com o tempo, sermos ouvidos e respeitados.

Conquistar terreno fértil, onde possamos compartir experiências, ao invés de aceitar cegamente as novas metodologias que inviabilizam uma sociedade mais próspera e humana, onde possamos, através da crítica construtiva e do diálogo sem medo, descobrir a humanização necessária ao desenvolvimento e à felicidade dos povos.

As elites dominadoras são arrogantes por natureza e desumanas, ignoram intencionalmente que a pessoa é o centro da transformação do mundo. Semeiam divisões, pois sabem que a união é o elemento indispensável a qualquer acção libertadora.

E por assim ser, as elites dominadoras, os tiranos, promovem e reforçam a sua unidade, organizam-se à volta dos grandes interesses do poder e do dinheiro, para formarem uma torre de poder esmagadora.

Desmistificar a realidade é o primeiro passo para libertar as pessoas da ilusão e da mentira, mas é algo contrário à vontade dos opressores, elite dominadora, por isso mentem, dando um falso conhecimento de si mesmos e da verdadeira face social, impedindo assim a transformação desta sociedade injusta em que temos de viver por necessidade.

Uma sociedade, paradoxalmente, cada vez menos dividida, estando os privilegiados de um lado, egoisticamente trabalhando contra a maioria dos des-privilegiados, do outro lado, impedindo que esta maioria usufrua das riquezas, incluindo da riqueza da educação, da riqueza de uma saúde estável e consciente e do bem-estar humano.

Tanto mais haveria para compartir, mas fico-me por aqui, numa atitude de consciência reflexiva…

Acrescentando que, se as pessoas se humanizarem, se trabalharem juntas, farão deste mundo, um sítio ideal para vivermos em liberdade e respeito. Utopia? Que o seja… mas consciente de que é uma utopia realista…
David Simões

quinta-feira, 24 de junho de 2010

UM ZÉ POVINHO ACORDANDO DE UM PESADELO

Sou um Zé Povinho, português de gema e quero gritar a dor da minha alma.

Andarei também adormecido, hipnotizado? Claro que ando! Todos andamos, ou quase todos, porque isto é mais complexo do que sonhamos acordados e a dormir.

Mas ainda consigo ver que tudo o que realmente acontece é SHOWS, coisas para nos distraírem e nos distanciarem da razão, das questões essenciais das nossas vidas, das soluções para os problemas e angústias que vivemos no dia a dia.

Ver Portugal governado por políticos de tão baixa estirpe, que falam para o Zé Povinho como se de analfabeto e anormal se tratasse!!! Caramba!

Tantos escritores e poetas nasceram nesta terra à beira mar plantada, tantas vozes escritas nas páginas de folhas brancas, proclamando alegrias, esperanças e sonhos... Caramba! Nada dá frutos?! Só Shows, Shows e mais Shows!!!...

Tivemos uma meninice, brincámos, crescemos e acreditámos que tudo iria evoluir e que a política seria um campo necessário ao desenvolvimento e à felicidade de todos nós. Passámos por ditaduras, sonhámos a liberdade... em Abril aconteceu, e os poetas do povo cantaram mil canções em poemas que nos refrescaram a vida.

Acreditei que Portugal iria florir, mas tal não aconteceu. As poucas flores que colhemos, estão todas a murchar, envenenadas pelos governantes e políticos deste País... pela conjuntura global! Caramba! Estou farto de tanta globalidade! Há custa da globalidade estamos cada vez mais pobres... e os políticos e outros que tais, cada vez mais miseráveis! Caramba! Não há um meio disto mudar? Oh! Senhores vamos lá andar para a frente... mudar as mentalidades, que já são tão pequeninas...

E agora pergunto: Será que precisamos de políticos? Que mentem, que nos enganam, que nos mandam pelo esgoto, quando já não servimos os interesses dos seus estúpidos e egoísticos intentos?

Estamos todos a ser estupidamente hipnotizados. A televisão e os meios de comunicação global, qual instrumento da ditadura, iludem-nos com as notícias convenientes, e os jornalistas mais conscientes do seu papel de informadores da verdade, são de todo afastados e punidos por exercerem bem a suar arte.

Senhores e senhoras que sabem usar o Verbo, acordem, por favor, usem-o para a reconstrução de um Portugal que se afunda no lodo da ignorância, da mesquinhez e da indiferença...

Temos os olhos vendados com tantas mentiras e enganos, por isso, abramos mãos de alguns privilégios, e pensemos que algo tem de mudar, profundamente...

Estamos realmente numa terrível ditadura, enganadora, hipnótica e hipócrita, com uma capa de Democracia, terrivelmente sedutora para gente facilmente seduzida...

Um Zé Povinho, acordando de um pesadelo...

PORTUGUESES & BILDERBERG (Participantes & Influências)


“Ao redor do mundo, uma conspiração monolítica implacável se opõe a nós. Baseia-se, primeiramente, no encobrimento para expandir sua esfera de influência. É um sistema que tem recrutado vastos recursos materiais e humanos para formar uma poderosa e eficiente máquina, que combina operações militares, diplomáticas, de inteligência, económicas, científicas e políticas. Suas preparações são ocultas do público. Seus erros são enterrados. Não vão para capas de jornais. Seus discordantes são silenciados, não aclamados.” John F. Kennedy
A Sociedade Bilderberg/Illuminati, é um grupo americano que existe há longos anos, pouco ou nada se tem falado desta 'sociedade secreta', e muitos desconhecem a sua existência ou os seus objectivos.

Este grupo leva a cabo uma conspiração antidemocrática, um plano oculto de dominação mundial. Este grupo conta nas suas fileiras, Presidentes, Famílias Reais, ministros, industriais e executivos de sucesso, jornalistas, directores de estações de TV, jornais etc.

A primeira conferência da Bilderberg realizou-se em Maio de 1954, desde então esta organização secreta realiza todos os anos em diversas cidades europeias e norte americanas, conferências. A Bilderberg todos os anos preocupa-se em convidar as figuras mais poderosas ou futuros aliados, na execução da estratégia de dominação, para as suas conferências.

Nestas conferências são discutidos diversos assuntos desde política a economia entre outros.
Após analisarmos os participantes destes encontros, chegamos à conclusão que nós, povo, não passamos de peças, facilmente manipuladas por estes “grandes” senhores.
Considerando como exemplo a última “luta”, durante as legislativas, entre PS e PSD que serviu, e serve, para ridicularizar o povo português.
Imaginem o que se passa nos bastidores, as ricas gargalhadas que não se dão nessas reuniões à “nossa” custa. Vivemos portanto numa ditadura “invisível”, onde as nossas escolhas são limitadas a uma só “força”/”poder” com dois ou três nomes diferentes, de modo a nos iludir.

Fonte: http://trevasocultas.blogspot.com/2010/03/portugueses-bildergerg-participantes.html

quarta-feira, 23 de junho de 2010

AO QUE CHEGA A FALTA DE ÉTICA DOS POLÍTICOS DA NOSSA TERRA


“Macário Correia proíbe longas pausas para café”…

Até aqui nada de anormal. O que é triste de presenciar é ver publicamente, em canais de televisão, transmitidos para toda a parte do mundo, um político, vexar os funcionários em falha, perante o mundo (global), continuando por dizer que, os outros, os cumpridores, se sentem muito felizes com as suas medidas disciplinares.

Todos nós desejamos ver funcionários desempenhando bem as suas funções, respeitando o cidadão a quem servem, e interessados em implementar um ambiente de trabalho em que todos se revejam.

Mas, é de todo evidente, que não será com lideres desta natureza, que no seu desprezo total pela ética, humilham publicamente os trabalhadores que fazem “longas pausas para o café”.

Ora, não seria muito mais digno de um político que se preze, se respeite e respeite os seus concidadãos, resolver esse problema “dentro de portas”, não fazendo transparecer para o exterior global os podres da sua casa?

Lá diz o sábio ditado: “Não é com um galão de fel que se apanham moscas, mas com uma pequena gota de mel”. O que significa que a ética deveria ser um dos atributos fundamentais de um político… não é!
Augusto Simões

terça-feira, 22 de junho de 2010

UM CAPITALISMO BRUTAL, QUE SE DIZ DEMOCRACIA


Um capitalismo brutal, que se diz democracia, revela-se nos nossos dias, como sendo um dos períodos mais negros, talvez o mais trágico, da história da humanidade.

A amplitude dos seus frutos, supera os massacres das maiores guerras que assolaram a humanidade.
Milhões de seres humanos estão a desaparecer por via da destruição dos valores humanos, da super valorização do dinheiro como elemento de Poder a par da desvalorização do mesmo como elemento primordial de justiça social e de criação de sociedades avançadas feitas para pessoas.
Sociedades construídas a rigor, para “monstros” políticos, dominadores de mentalidades, senhores poderosos, intocáveis, à semelhança dos tempos mais deprimentes da história da humanidade.

Transparece para o exterior, que uma significativa porção da ciência é paga, na sua potencialidade, para provocar a destruição, os massacres e a desgraça dos habitantes da Terra.

A acumulação desenfreada de riquezas por alguns, é cada vez mais forte, e há sinais que nos levam a pensar e concluir que essa mesma riqueza, se marginaliza do bem-estar comum, provocando deliberadamente a fome e o sofrimento, tão semelhante ao que se passa nos países do terceiro mundo. Pelo que já é do nosso domínio entender, que não existe grande diferença entre os países desenvolvidos e os do terceiro mundo.

A caridade é o recurso que prolifera, sendo de todo humilhante, colocando a pessoa numa situação de vergonha, e de subjugação perante os benfeitores, quando a verdade sobre o progresso é que a riqueza desenvolvida num país deveria criar as condições ideias para cada pessoa ter a possibilidade de se desenvolver como cidadão, digno de se sentir filho do país e não enteado, ou pior ainda, rejeitado.

Fala-se muito de sucesso nos meios audiovisuais. Só é respeitado quem tem sucesso. Os outros, que não conseguem o famigerado sucesso, talvez por não conseguirem lutar num ambiente brutal de competitividade, esses são rejeitados… absolutamente… já não são gente… serão, contudo, alvo de caridade e de pena… coitados, são uns fracos, sem sucesso!

Em termos de humanismo, a humanidade bateu no fundo. Falhou com todas as letras, e ninguém se pode dar ao luxo de dizer, “Eu Sou um Vencedor”. Não pode, porque ao seu lado há gente esmagada por um sistema diabolicamente construído, em consciência, pelo tal capitalismo brutal, que se diz democracia.

A sociedade capitalista, brutalmente construída sob a bandeira de uma estranha democracia, no seu pior, encontra-se numa agonia, uma visível agonia, cuja história só terá fim com a desintegração deste mesmo sistema social terrificante, que provocou o apodrecimento e a subjugação das mentalidades, pela base. Somos responsáveis, porque nos deixámos manipular e seduzir...

Nalguns países que se consideram avançados, o desenvolvimento de barbaridades sórdidas, que sugam as classes médias até à exaustão, provocam desigualdades sociais absolutamente chocantes, face à indiferença dos poderosamente ricos e dos que ainda sonham que a riqueza lhes vai bater à porta, se se subjugarem totalmente a este sistema em ruptura, sem esperanças de conserto, à vista.

Alimentam-se conflitos absurdos de qualquer ordem, étnicos, religiosos, linguísticos, etc, só para se perder o senso da solidariedade, do humanismo e da criatividade. Competir e avançar, é o que importa para este sistema brutal, qual blindado esmagando tudo à passagem.

A solidariedade de classes já não existe, ao que parece, pois a miséria, a opressão, o terror da promiscuidade, da mentira e da corrupção desenfreada, tomam lugar perante os novos exploradores cruéis, insensíveis, que dominam as mentalidades enfraquecidas pela miséria e pela perda total de valores.

A crueldade do sistema é tal que desenvolvem esquemas sofisticados para provocar a histeria colectiva, à semelhança dos regimes ditatoriais, a histeria da bola, da religião e da proliferação do sexo comercial e degradante.

A vida social no seu conjunto, parece estar completamente desarranjada, afundando-se no absurdo da mentira, na lama da promiscuidade e no desespero da pobreza alimentada por quem não abdica dos seus privilégios a favor de uma sociedade mais humana e mais feliz. Em todos os continentes, as sociedades humanas, de forma ascendente, respiram esta barbárie em toda a extensão da sua pele.

A fome de toda a natureza não atinge somente os países do terceiro mundo, mas já está a atingir os países que se dizem, estranhamente, desenvolvidos… verificando-se já uma nefasta destruição provocada pela mão do homem, tão mais intensa e degradante do que a provocada pelas intempéries e desastres naturais.

O efeito de estufa e a degradação do meio ambiente, também provocados pela mão do homem, põe em risco a sobrevivência da espécie humana, mas ainda assim, os males sociais, estão a ter um poder destrutivo muito mais alucinante, parecendo até irreversível a degradação da condição humana.

A criminalidade e a violência urbana não cessam de crescer por toda a parte. As drogas tem efeitos e prejuízos assustadores, particularmente entre as gerações mais novas, provocando o desespero e o isolamento, parecendo-nos aos olhos, que tudo isto serve altos interesses. Os interesses dos mesmos que apostam em destruir a humanidade e a imporem-se como donos e senhores de um mundo que intencionam seja só deles e dos seus amigos rastejantes, que também eles são elementos conscientes da sua acção destrutiva, contra os direitos da humanidade.

Se é certo que a sociedade está chegando a um tal grau de podridão, ao ponto de dificilmente se confiar em alguém, o desespero surge como sentimento dominante, e a certeza que sobrevém é que o capitalismo de cariz desumano e brutal, que se diz democracia, hoje mais do que nunca, não oferece nenhuma perspectiva de futuro, como alternativa à sociedade em que vivemos.

Desespero que continuará a desenvolver-se enquanto não despertarmos para uma nova perspectiva de conjunto e de unidade.

Se permitirmos, pela ignorância, que tudo continue na mesma, o capitalismo brutal e degradante que se diz democracia, dominará a sociedade, deixando sobreviver alguns, os mais submissos e, mesmo que não se verifique uma outra guerra mundial, a humanidade se auto-destruirá pelas guerras da sobrevivência, por epidemias resultantes da degradação da vida e da mentalidade, pela fome, incluindo a fome de amor, pois quem não se deu conta que até o amor se adulterou? Encontros de ocasião, exploração de corpos e de vontades violentadas pelo poder maquiavélico da indústria do sexo e pela sedução envenenada que viola o mais belo desejo da humanidade, AMAR e SER AMADA.
Autor anónimo

SOCIEDADES DESUMANAS

Quando tomamos consciência de que algo está mal, muito mal, imediatamente nos afastamos da ignorância generalizada, aquela que nos querem impor, e começa então a despertar em nós uma grande vontade de nos juntarmos ao rumo do progresso, aquele rumo que nos tem em conta, que nos considera pessoas, que não nos esmaga, que nos eleva ao nível da permanência dos valores e dos direitos humanos… que promove a criatividade e a solidariedade… e que começamos a perceber que a competitividade chega a extremos cada vez mais incompatíveis com a natureza humana.

Somos responsáveis pelo rumo das sociedades, cada vez mais desumanas… porque, muitos de nós, que já estão a cair no buraco da desumanização, ainda têm a venda nos olhos e não tomaram consciência do que se está a passar à sua volta.
Não é fácil perceber… contudo, os sintomas já são demasiados visíveis.
Autor anónimo

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O TEU DESPERTAR, PORTUGAL... PARA QUANDO?

De longe, tão longe, quanto de Timor-Leste a Portugal, vejo as gentes de Portugal, definhando nas mãos de políticos, que a nós nos parece, terem levado uma transfusão de um estranho sangue, não português, de certeza!. Manifestam sintomas evidentes, terríveis, de Mentiras, Corrupção e Ditadura Democrática...

No Portugal dos portugueses, muitos se têm deleitado a escrever sobre Timor... uns escrevem bem e direito, outros escrevem mal e torto.

Sou mulher timorense. Na minha outra visão, que parte deste extremo oriente, terras que me viram nascer... vejo um Portugal se afundando nas águas turvas de uma política deplorável...

Portugueses que deram novos mundos ao mundo, onde estais?

Parece-me ver uma epidemia instalar-se na sociedade portuguesa... um virús provocador de uma cegueira generalizada, gravíssima, ao que me apercebo... a cegueira de quem não quer ver...

Será por medo?
Por receio de perder previlégios?
Por ambições antecipadas daqueles que espesinham tudo e todos à passagem?

Pois não é para vos tranquilizar, mas por aqui o ambiente social, não é melhor. No Timor, as aparencias mostram que tudo está rolando, e bem. Mas, o que posso dizer, sentidamente, é que a contaminação da mentira predomina e a injustiça está pelas ruas espalhada, teimando fazer parte da nossa triste história dos últimos anos.

Voltando a Portugal, pois de Timor, muito vós tendes escrito, há coisas que eu não entendo:

Para onde caminham os portugueses? Gente que se sabe unir, quando é preciso!

Que sedativos vos estão injectando? Gente que é inteligente e deu ao Mundo os seus melhores escritores e poetas! Gente que, seja o que for, só por ser portugesa tem um quê de nobreza e beleza. Gente que lutou por ser igual em dignidade e valor!

Portugal, o vosso berço, que será dele muito em breve? País, que venceu pela Nobreza da sua gente!

O teu Despertar, Portugal!!... para quando?

Espero que não me levem a mal. Julgo que não! Também vós escrevestes e muito do meu País... quanta tinta derramada no vosso papel... quantos escritores se debruçaram sobre Timor!!!

Mertuto