Tenho-me questionado sobre a razão de tanta indiferença, relativamente à degradação visível do Poder Político. Há silêncios que pairam no ar, e nada sabemos do que vem a seguir. Tudo muda rapidamente, segundo as conveniências políticas, nem temos tempo para perceber o que está acontecendo.
Formas de sobrevivência digna, é isso que temos de procurar: sobreviver à infestação de maus princípios de vida e de conduta por parte dos detentores do Poder Político, e não só.
Ser Político, é um degrau para as luzes da ribalta. Degraus subidos, ao que parece, pisando e enganando a população que, adormecida, se está deixando alienar de diversas formas: através do futebol, do poder religioso (salvo os verdadeiros espiritualistas) e da perda de princípios e valores fundamentais à boa convivência humana.
Faltam-nos as estrelas com luz própria, brilhando no céu de uma sociedade alienada. Onde estão? Ao que parece, sufocadas pela poluição mental, jogos de poder, exalados pela respiração ruidosa e doentia de quem transformou uma sociedade de gente que consegui conquistar direitos, garantias e trabalho digno, numa sociedade de gente alienada e congestionada pelos meios de comunicação social ao serviço do Poder, gente que deixou que lhe roubassem os frutos das suas conquistas.
Que fazer perante o desmoronamento de uma sociedade mal construída, débil, criada para servir os poderosos do topo e esquecer os pilares básicos que dão a garantia de sociedades felizes e de progresso?
Muitos de nós já estão a pensar em novas formas de encarar a vida… quiçá, recuperar a humildade da riqueza da sabedoria humana do tempo passado e, abominar a miséria da arrogância humana que abunda no tempo presente, daqueles que se julgam superiores só porque conseguiram um “canudo”, para poderem dominar e vencer, sem escrúpulos, sem valores e sem princípios.
Beatriz A. Albuquerque
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