quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Urgente se torna, juntarmos as nossas vozes, para encontrar novos Céus…

Estimadas gentes, gente guerreira, gente boa, que usa a palavra para ferir os malvados opressores.

Descobri este blogue casualmente, quando procurava algo relacionado com o despertar consciências. Hoje em dia, encontram-se muitos escritos sobre este assunto, mas calhou fixar-me neste blogue, bem como nos seus artigos.

Quem sou? Alguém no meio de tanta gente…
Onde habito? Algures num Planeta que se chama Terra…

E mais não digo, porque o mais importante é ser ALGUÉM, igual a tantos ALGUÉNS anónimos.

O medo destila por todo o lado, injectado pelas classes que se colocaram acima, na ribalta, fechando-nos o acesso à liberdade de escolher e decidir.
Tudo está decidido, mesmo antes de ser anunciado. Que se informem sobre os submundos do Clube de Bildelberg e seus tentáculos, para perceberem do que estou tocando.
Só recentemente, que por mero acaso, me dei conta deste Monstro que avassala e escraviza a humanidade.

Ora bem, o medo conduz-nos ao isolamento, à inacção… é isso o pretendido: estarmos e continuarmos paralisados pelo medo, até de nós próprios termos medo, da nossa própria sombra. Não vá ela trair-nos, à semelhança da traição dos governantes, cuja missão é encontrar habilidosas estratégias para enganarem as pessoas do mundo, sem elas se darem conta. Depois, quando acordamos, estamos numa cela fechada, sem portas nem janelas para respirar... estamos num pesadelo.

O que acontece no momento actual é isso: acordámos e, descobrimos que estávamos num pesadelo, numa cela sem portas nem janelas.

Como sair deste pesadelo? Eis a questão!

Dar asas à nossa voz, expandir o coração, pois as pernas já não encontram as saídas que nos vedaram.
Para tal, não quero acreditar, nem aceitar que somos os culpados da actual situação caótica e degradante, nem tão pouco acusar as pessoas pelas inconsciências cometidas, que as levaram à penúria. Essa penúria, faz parte da mesma estratégia das classes dominadoras, pois é mais fácil manipular e dominar pessoas na penúria, fracas e esgotadas psicologicamente, do que dominar pessoas que conseguiram encontrar as suas próprias asas. Para isso, houve uma estratégia inteligentemente preparada para colocar as pessoas na penúria, através da distracção, do cultivo premeditado da ignorância, da alienação futebolística e telenovelística, e do aliciamento publicitário enganoso da própria Banca.

Vamos então dar asas à nossa voz, e se já não encontrarmos alento, vamos criar novas asas… os silêncios também tem asas… e revelam novas formas de luta… pelo menos proporciona que nos encontremos connosco próprios… com a nossa realidade existencial…

É esse repto que eu lanço, através deste blogue:

Dar asas à nossa voz… esperar ardentemente que surja um Robin Hood que nos liberte das garras do Terrível Xerife…

Como? Só sei que não sei. Mas sei que em unidade, amizade, secretismo e solidariedade, encontraremos o poder da nossa voz e a força dos nossos silêncios, para sobrevoarmos e sobrevivermos à escravidão que o “Xerife” e seus associados nos impõem.
Vamos sobreviver!

Vamos espalhar as nossas vozes! As nossas palavras! O nosso sentir! Com o secretismo necessário, qual tempo de Robin Hood, mas muito pior… o actual tempo negro, de tirania e deformação política, em que se hipnotizam as pessoas para obter a maioria, e depois as destroem, começando pelos mais fracos e desprotegidos, coloca Salazar num patamar respeitável, longe de ter sido um ditador.
Hoje, o “Xerife” malvado, arrogante e ditador, e seus associados, liberta o Monstro da mentira e da opressão, atrofiando a transparência e a justiça social e paralisando os corações das pessoas com ameaças, medidas desumanas e medo do futuro.

Que este e outros blogues de consciência, publiquem as vozes que estiverem disponíveis para ecoar o som do bater das suas asas, do bater dos seus corações paralisados pelo medo, pois enquanto o “Xerife” malvado estiver dominando, atrofiando e mentindo ao povo, teremos de voar, de planar, de libertar a paralisia do coração através da nossa voz e das nossas asas... e acreditar no ressurgimento do Robin Hood.

Urgente se torna, juntarmos as nossas vozes e as nossas asas, para encontrar novos Céus… curar as asas, feridas pelo monstro demolidor e seus associados.
Beatriz A. Albuquerque

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Devolver Portugal aos portugueses! Quem nos desgoverna, português não é, certamente!


Os portugueses são conhecidos como gente honesta, gente de princípios, gente que deu novos mundos ao mundo… sendo, em verdade, os melhores embaixadores do seu próprio país.

Hoje, esses mesmos portugueses estão a ser reduzidos a uma insignificância que faz doer o coração de qualquer um, mesmo dos mais distraídos.

Dir-se-á pois, que outros povos estão igualmente a ser aniquilados pela classe política dominante, sedenta da incontrolável necessidade de poder para transformar a sociedade das gentes, em sociedades de escravos, nas quais só sobrevivem os bajuladores, os cínicos e os subservientes desta mesma classe política, absolutamente deformada, que destruiu a economia nacional com despesismos e luxos irresponsáveis.

Mas, cada povo sente a sua dor. Nós portugueses temos sido facilmente enganados (alguns dizem até, que temos o que merecemos), mas não é por isso que deixamos de sentir a dor de ver a Nação entregue, minada e dominada pelos “boys” e afins, gente insensível que só apadrinha os amigos e afilhados, sobrecarregando assim, e de outras formas sofisticadas, o equilíbrio económico da Nação, e a saúde social que continua a ser seriamente golpeada… não pelos trabalhadores, como querem afirmar, mas essa classe política dominante e seus apêndices, multimilionariamente pagos, ao ponto de perderem toda a sensibilidade política e humana.

Esvaziaram os cofres do Estado português mas encheram os seus bolsos e os dos "boys", e por isso podem enfrentar a crise de barriga cheia e rir do Zé Povinho (coitado!).

Para aumentar o descontentamento, continuam a provocar a divisão na administração pública e a destruir o sentimento de classe profissional, beneficiando alguns com prémios de excelência e prejudicando outros com o desprezo e a indiferença.

Desejamos encontrar sinais de dignidade e respeito nos actos políticos. Mas, não vislumbramos tais sinais naqueles que persistem em destruir a nação e, pelo que estamos a ver, as Instituições que são o garante da soberania nacional… até os mais distraídos, respiram esta insegurança e mau estar.

Insegurança provocada por uma classe de gente que enganou o povo e continua a enganar, descaradamente… gente que desgovernou o país, mas que se governou demasiadamente bem…

Neste cenário, é absolutamente legítimo que se investiguem os documentos da administração pública, que se ponham à luz do dia as despesas dos gabinetes, a sobrecarga económica dos “boys”, os critérios utilizados para promover funcionários do estado, por relevantes serviços, em prejuízo de outros funcionários que continuam atirados para o desolamento de uma estagnação imposta por gente insensível, gente que institucionalizou métodos de avaliação de produtividade e de capacidade, absolutamente retrógrados e desumanos, proporcionando ambientes de trabalho deploráveis, onde a amizade e a colaboração entre iguais deixou de existir, em benefício de desejos incontrolados de ser “o melhor”, a fim de estupidificar e anular o colega do lado só para obter os prémios de excelência, e provar que é o melhor.

É um atentado á inteligência humana e à boa vivência entre iguais que se instalassem sistemas tão redutores, tão constrangedores, levando à aniquilação de classes e à existência de inimigos debaixo da mesma organização.

Um movimento de consciência nacional é urgente.
É urgente a reposição dos direitos fundamentais conquistados durante tantos anos de luta.
É urgente repudiar o excesso de “zelo” (sinal de corrupção), a bajulação e o cinismo que se instalou dentro da administração pública.
É urgente demonstrar que os funcionários públicos não são os autores da crise económica, nem as demais classes trabalhadoras.
É urgente fazer renascer o espírito conquistador e humano dos portugueses.
É urgente devolver Portugal aos portugueses, pois essa gente que nos desgoverna, português não é… certamente.

Manuel Ascenção Fernandes

domingo, 17 de outubro de 2010

Portugal e os Portugueses, dominados por Elites sem vergonha


Noam Chomsky elaborou uma lista de 10 itens, que correspondem às 10 estratégias das Elites sem vergonha, que lutam pelo Poder e o usam para se auto promoverem, enriquecerem rapidamente e criarem sociedades absolutamente desumanas, insensíveis e facilmente manipuladas pelos média ao serviço do Poder político:

1 - DISTRAIR
Distrair as pessoas com informação e programas de baixo nível moral e cultural, desviando a sua atenção dos problemas importantes da Nação, alienando-as com o futebol e programas sem princípios e sem valores humanos. Esta distracção propositada cria condições para a mediocridade generalizada, inviabilizando caminhos para o conhecimento essencial que evolucione as pessoas.
"Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar…" (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas').

2 - CRIAR CONDIÇÕES SOCIAIS QUE DIVIDAM AS PESSOAS E GEREM PROBLEMAS GRAVES… DEPOIS, APARECER COMO SALVADOR COM AS SOLUÇÕES INEVITÁVEIS
Criar problemas, situações que causem reacção negativa nas pessoas, a fim de as debilitar emocionalmente, transformá-las em “presas” fáceis, melhor dizendo, transformá-las em cobaias sobre as quais recaem as piores medidas que o Poder deseja que sejam aceites passivamente.
Tanto assim é, que o Poder político, a Elite sem vergonha, deixou que a violência se instalasse nas sociedades, desautorizando os polícias na sua missão de proteger as vítimas; ao mesmo tempo provocou as pessoas com medidas desumanas, para que as mesmas reagissem por sufoco, desenvolvendo estados de depressão psicológica, facilmente utilizadas como cobaias na implementação de leis instáveis, experimentais, privando-as das liberdades fundamentais e da tranquilidade essencial ao desenvolvimento da pessoa e da Nação.
Em resumo: criar crises económicas, usar as pessoas como cobaias levando-as a aceitar como inevitável, os retrocessos dos direitos humanos fundamentais e o desmantelamento dos serviços públicos e dos funcionários públicos, como um mal necessário...

3 - FAZER ACEITAR MEDIDAS ENGANOSAS, GRADUALMENTE
Para provocar a aceitação de medidas inaceitáveis, o Poder aplicou-as gradualmente, enganosamente, tipo conta gotas, por anos consecutivos, sem as pessoas se darem conta das consequências.
Desta maneira, as condições socioeconómica se deterioraram, e as vidas individuais se desmoronaram com as dívidas, que foram contraindo, subliminarmente impulsionadas, através da publicidade bancária e das facilidades enganosas, venenosas, sendo o Poder político conhecedor dos resultados catastróficos a breve prazo.

Conduziram-se as pessoas ao endividamento compulsivo, sendo a publicidade habilmente preparada, o motor de tal catástrofe, levando as pessoas a desejarem vidas acima das suas possibilidades, e a perderem a honestidade e os valores humanos.

A banca e o próprio Estado, apoiaram esta estratégia, parecendo, a partir da década de 80, que algo estava a ser imposto, no sentido de criar modelos de vida anti-humanos, em que o “ter” e o “comprar” compulsivamente eram as normas desejadas pelo “Sistema”.
Todas as injustiças foram aplicadas gradativamente, em prejuízo do bem comum: as privatizações, a precariedade dos empregos, as discriminações sociais, o desemprego em massa, os salários que já não asseguram vidas decentes…
Tantas mudanças graduais, as quais teriam provocado uma revolução se tivessem sido todas aplicadas de uma só vez. Mas, o "Sistema" é maquiavélico, por isso, usou a estratégia de administrar o “veneno” em conta-gotas.

4 - APRESENTAR SOLUÇÕES INACEITÁVEIS, DESUMANAS, COMO SE FOSSEM ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIAS, INEVITÁVEIS
Fazer circular opiniões impopulares, apresentá-las de uma forma pesarosa, convencendo as pessoas e obtendo a sua aceitação e resignação, progressivamente, para depois o Poder ter o caminho livre para implementar soluções desumanas e injustas, sem a reacção das próprias vítimas, as pessoas que foram progressivamente induzidas ao engano, através dos “fazedores de opinião pública” ao serviço desse Poder instituído, que já perdeu há muito os valores e a dignidade.

5 - DIRIGIR-SE ÀS PESSOAS COMO SE DE CRIANÇAS, OU DE DÉBEIS MENTAIS SE TRATASSEM
A publicidade, as Elites dominantes sem vergonha e os seus servidores, na sua maioria, dirigem-se ao grande público utilizando discursos, argumentos, personagens e entoação chocantemente infantis, para não dizer pior, ou seja, muitas vezes próximos da debilidade mental, como se o espectador fosse uma criança de tenra idade ou um débil mental, desprovendo-as de sentido crítico.

6 - UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE O REFLEXIVO
Fazer uso da táctica emocional é algo muito utilizado para castrar as pessoas do seu sentido de análise sã, pondo fim ao sentido crítico. Além disso, a utilização da chantagem emocional, permite abrir as portas do subconsciente para implantar ideias, desejos, medos, compulsões, induzindo a comportamentos de infelicidade e de impotência humana...

7 - MANTER AS PESSOAS NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE
Fazer com que as pessoas sejam incapaz de compreender as metodologias utilizadas pelo Poder para serem controladas e reduzidas à escravidão, abrindo mãos de todas as conquistas humanas e sociais das últimas décadas.
Intencionalmente degradam-se as condições sociais, provocando uma educação medíocre às pessoas sem recursos económicos, de forma a que se estabeleça um abismo e se recriem as classes sociais inferiores e superiores, impossibilitando as inferiores de terem uma vida de qualidade.

8 - ESTIMULAR AS PESSOAS A SEREM COMPLACENTES COM A MEDIOCRIDADE
Promover programas, publicidades e debates públicos, de forma a passarem a mensagem subliminar de que o que é bom é ser estúpido, promíscuo, vulgar e inculto...

9 - REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTO CULPABILIDADE
Fazer com que as pessoas acreditem que são somente elas as culpadas da crise e da sua própria desgraça, por insuficiência de inteligência, de capacidades próprias, ou de esforços. Assim, ao contrário de se revoltarem contra o “Sistema” económico montado para sustentar os Senhores do Poder e os Boys, as pessoas menosprezam-se, culpabilizam-se, condenam-se, gerando estados depressivos, sendo um dos efeitos a inibição para a acção.
E, sem acção, não há revoluções, nem mudanças de mentalidade!

10 - CONHECER MELHOR AS PESSOAS DO QUE ELAS PRÓPRIAS SE CONHECEM
Nos últimos 50 anos, os avanços da ciência têm criado uma brecha enorme entre os Povos e as Elites dominantes. Parecendo que se confirma a conspiração dos Senhores do Clube de Bilderberg, empenhados em transformar a humanidade em escravos débeis, doentes e ignorantes, tendo somente lugar ao Sol, os que se submetem às suas regras desumanas de Poder insaciável.
Veja-se o conhecimento que essas Elites do Poder tem sobre o comportamento das “massas populares”, e como utilizam os média para:
distraírem as pessoas com a mediocridade, dividindo-as, inviabilizando a unidade para os valores fundamentais do bem comum;
imporem medidas desumanas gradualmente, tipo conta gotas, para apresentarem mais tarde soluções degradantes “inevitáveis”;
dirigirem-se às pessoas como se de doentes mentais se tratassem, utilizando a chantagem emocional para as debilitar, empurrando-as para a mediocridade, provocando sentimentos de auto culpabilidade, quando na verdade, foi o “Sistema” que levou as pessoas, subliminarmente, a destruírem as suas economias, pelo consumismo compulsivo, injectado com propósitos maléficos, através da publicidade e discursos enganosos.

Os Senhores do “Sistema”desfrutam de um conhecimento avançado do ser humano, nas áreas da neuro biologia e da psicologia aplicada, ao ponto de obterem total conhecimento do comportamento das massas, quer no aspecto físico quer no psicológico. Conhecem melhor as pessoas comuns do que elas próprias se conhecem.
Isto significa que, os Senhores do Poder exercem um controle quase absoluto sobre as pessoas, dificultando por todos os meios que elas tenham auto domínio, se conheçam verdadeiramente a si próprias e principalmente, que comecem a pensar como pessoas inteligentes… que o são, na verdade.

São estas as "metodologias" utilizadas pelas Elites sem vergonha, que dominam Portugal e os Portugueses...
Maria Beatriz Saldanha

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O fim último da vida não é a excelência!


Não tenho filhos e tremo só de pensar.
Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades.
Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.
Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o marido de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a tomar Prozac.
É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!
João Pereira Coutinho





segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Desmoronamento de sociedades desumanas



Tenho-me questionado sobre a razão de tanta indiferença, relativamente à degradação visível do Poder Político. Há silêncios que pairam no ar, e nada sabemos do que vem a seguir. Tudo muda rapidamente, segundo as conveniências políticas, nem temos tempo para perceber o que está acontecendo.

Formas de sobrevivência digna, é isso que temos de procurar: sobreviver à infestação de maus princípios de vida e de conduta por parte dos detentores do Poder Político, e não só.

Ser Político, é um degrau para as luzes da ribalta. Degraus subidos, ao que parece, pisando e enganando a população que, adormecida, se está deixando alienar de diversas formas: através do futebol, do poder religioso (salvo os verdadeiros espiritualistas) e da perda de princípios e valores fundamentais à boa convivência humana.

Faltam-nos as estrelas com luz própria, brilhando no céu de uma sociedade alienada. Onde estão? Ao que parece, sufocadas pela poluição mental, jogos de poder, exalados pela respiração ruidosa e doentia de quem transformou uma sociedade de gente que consegui conquistar direitos, garantias e trabalho digno, numa sociedade de gente alienada e congestionada pelos meios de comunicação social ao serviço do Poder, gente que deixou que lhe roubassem os frutos das suas conquistas.

Que fazer perante o desmoronamento de uma sociedade mal construída, débil, criada para servir os poderosos do topo e esquecer os pilares básicos que dão a garantia de sociedades felizes e de progresso?

Muitos de nós já estão a pensar em novas formas de encarar a vida… quiçá, recuperar a humildade da riqueza da sabedoria humana do tempo passado e, abominar a miséria da arrogância humana que abunda no tempo presente, daqueles que se julgam superiores só porque conseguiram um “canudo”, para poderem dominar e vencer, sem escrúpulos, sem valores e sem princípios.

Beatriz A. Albuquerque