quinta-feira, 24 de junho de 2010

UM ZÉ POVINHO ACORDANDO DE UM PESADELO

Sou um Zé Povinho, português de gema e quero gritar a dor da minha alma.

Andarei também adormecido, hipnotizado? Claro que ando! Todos andamos, ou quase todos, porque isto é mais complexo do que sonhamos acordados e a dormir.

Mas ainda consigo ver que tudo o que realmente acontece é SHOWS, coisas para nos distraírem e nos distanciarem da razão, das questões essenciais das nossas vidas, das soluções para os problemas e angústias que vivemos no dia a dia.

Ver Portugal governado por políticos de tão baixa estirpe, que falam para o Zé Povinho como se de analfabeto e anormal se tratasse!!! Caramba!

Tantos escritores e poetas nasceram nesta terra à beira mar plantada, tantas vozes escritas nas páginas de folhas brancas, proclamando alegrias, esperanças e sonhos... Caramba! Nada dá frutos?! Só Shows, Shows e mais Shows!!!...

Tivemos uma meninice, brincámos, crescemos e acreditámos que tudo iria evoluir e que a política seria um campo necessário ao desenvolvimento e à felicidade de todos nós. Passámos por ditaduras, sonhámos a liberdade... em Abril aconteceu, e os poetas do povo cantaram mil canções em poemas que nos refrescaram a vida.

Acreditei que Portugal iria florir, mas tal não aconteceu. As poucas flores que colhemos, estão todas a murchar, envenenadas pelos governantes e políticos deste País... pela conjuntura global! Caramba! Estou farto de tanta globalidade! Há custa da globalidade estamos cada vez mais pobres... e os políticos e outros que tais, cada vez mais miseráveis! Caramba! Não há um meio disto mudar? Oh! Senhores vamos lá andar para a frente... mudar as mentalidades, que já são tão pequeninas...

E agora pergunto: Será que precisamos de políticos? Que mentem, que nos enganam, que nos mandam pelo esgoto, quando já não servimos os interesses dos seus estúpidos e egoísticos intentos?

Estamos todos a ser estupidamente hipnotizados. A televisão e os meios de comunicação global, qual instrumento da ditadura, iludem-nos com as notícias convenientes, e os jornalistas mais conscientes do seu papel de informadores da verdade, são de todo afastados e punidos por exercerem bem a suar arte.

Senhores e senhoras que sabem usar o Verbo, acordem, por favor, usem-o para a reconstrução de um Portugal que se afunda no lodo da ignorância, da mesquinhez e da indiferença...

Temos os olhos vendados com tantas mentiras e enganos, por isso, abramos mãos de alguns privilégios, e pensemos que algo tem de mudar, profundamente...

Estamos realmente numa terrível ditadura, enganadora, hipnótica e hipócrita, com uma capa de Democracia, terrivelmente sedutora para gente facilmente seduzida...

Um Zé Povinho, acordando de um pesadelo...

PORTUGUESES & BILDERBERG (Participantes & Influências)


“Ao redor do mundo, uma conspiração monolítica implacável se opõe a nós. Baseia-se, primeiramente, no encobrimento para expandir sua esfera de influência. É um sistema que tem recrutado vastos recursos materiais e humanos para formar uma poderosa e eficiente máquina, que combina operações militares, diplomáticas, de inteligência, económicas, científicas e políticas. Suas preparações são ocultas do público. Seus erros são enterrados. Não vão para capas de jornais. Seus discordantes são silenciados, não aclamados.” John F. Kennedy
A Sociedade Bilderberg/Illuminati, é um grupo americano que existe há longos anos, pouco ou nada se tem falado desta 'sociedade secreta', e muitos desconhecem a sua existência ou os seus objectivos.

Este grupo leva a cabo uma conspiração antidemocrática, um plano oculto de dominação mundial. Este grupo conta nas suas fileiras, Presidentes, Famílias Reais, ministros, industriais e executivos de sucesso, jornalistas, directores de estações de TV, jornais etc.

A primeira conferência da Bilderberg realizou-se em Maio de 1954, desde então esta organização secreta realiza todos os anos em diversas cidades europeias e norte americanas, conferências. A Bilderberg todos os anos preocupa-se em convidar as figuras mais poderosas ou futuros aliados, na execução da estratégia de dominação, para as suas conferências.

Nestas conferências são discutidos diversos assuntos desde política a economia entre outros.
Após analisarmos os participantes destes encontros, chegamos à conclusão que nós, povo, não passamos de peças, facilmente manipuladas por estes “grandes” senhores.
Considerando como exemplo a última “luta”, durante as legislativas, entre PS e PSD que serviu, e serve, para ridicularizar o povo português.
Imaginem o que se passa nos bastidores, as ricas gargalhadas que não se dão nessas reuniões à “nossa” custa. Vivemos portanto numa ditadura “invisível”, onde as nossas escolhas são limitadas a uma só “força”/”poder” com dois ou três nomes diferentes, de modo a nos iludir.

Fonte: http://trevasocultas.blogspot.com/2010/03/portugueses-bildergerg-participantes.html

quarta-feira, 23 de junho de 2010

AO QUE CHEGA A FALTA DE ÉTICA DOS POLÍTICOS DA NOSSA TERRA


“Macário Correia proíbe longas pausas para café”…

Até aqui nada de anormal. O que é triste de presenciar é ver publicamente, em canais de televisão, transmitidos para toda a parte do mundo, um político, vexar os funcionários em falha, perante o mundo (global), continuando por dizer que, os outros, os cumpridores, se sentem muito felizes com as suas medidas disciplinares.

Todos nós desejamos ver funcionários desempenhando bem as suas funções, respeitando o cidadão a quem servem, e interessados em implementar um ambiente de trabalho em que todos se revejam.

Mas, é de todo evidente, que não será com lideres desta natureza, que no seu desprezo total pela ética, humilham publicamente os trabalhadores que fazem “longas pausas para o café”.

Ora, não seria muito mais digno de um político que se preze, se respeite e respeite os seus concidadãos, resolver esse problema “dentro de portas”, não fazendo transparecer para o exterior global os podres da sua casa?

Lá diz o sábio ditado: “Não é com um galão de fel que se apanham moscas, mas com uma pequena gota de mel”. O que significa que a ética deveria ser um dos atributos fundamentais de um político… não é!
Augusto Simões

terça-feira, 22 de junho de 2010

UM CAPITALISMO BRUTAL, QUE SE DIZ DEMOCRACIA


Um capitalismo brutal, que se diz democracia, revela-se nos nossos dias, como sendo um dos períodos mais negros, talvez o mais trágico, da história da humanidade.

A amplitude dos seus frutos, supera os massacres das maiores guerras que assolaram a humanidade.
Milhões de seres humanos estão a desaparecer por via da destruição dos valores humanos, da super valorização do dinheiro como elemento de Poder a par da desvalorização do mesmo como elemento primordial de justiça social e de criação de sociedades avançadas feitas para pessoas.
Sociedades construídas a rigor, para “monstros” políticos, dominadores de mentalidades, senhores poderosos, intocáveis, à semelhança dos tempos mais deprimentes da história da humanidade.

Transparece para o exterior, que uma significativa porção da ciência é paga, na sua potencialidade, para provocar a destruição, os massacres e a desgraça dos habitantes da Terra.

A acumulação desenfreada de riquezas por alguns, é cada vez mais forte, e há sinais que nos levam a pensar e concluir que essa mesma riqueza, se marginaliza do bem-estar comum, provocando deliberadamente a fome e o sofrimento, tão semelhante ao que se passa nos países do terceiro mundo. Pelo que já é do nosso domínio entender, que não existe grande diferença entre os países desenvolvidos e os do terceiro mundo.

A caridade é o recurso que prolifera, sendo de todo humilhante, colocando a pessoa numa situação de vergonha, e de subjugação perante os benfeitores, quando a verdade sobre o progresso é que a riqueza desenvolvida num país deveria criar as condições ideias para cada pessoa ter a possibilidade de se desenvolver como cidadão, digno de se sentir filho do país e não enteado, ou pior ainda, rejeitado.

Fala-se muito de sucesso nos meios audiovisuais. Só é respeitado quem tem sucesso. Os outros, que não conseguem o famigerado sucesso, talvez por não conseguirem lutar num ambiente brutal de competitividade, esses são rejeitados… absolutamente… já não são gente… serão, contudo, alvo de caridade e de pena… coitados, são uns fracos, sem sucesso!

Em termos de humanismo, a humanidade bateu no fundo. Falhou com todas as letras, e ninguém se pode dar ao luxo de dizer, “Eu Sou um Vencedor”. Não pode, porque ao seu lado há gente esmagada por um sistema diabolicamente construído, em consciência, pelo tal capitalismo brutal, que se diz democracia.

A sociedade capitalista, brutalmente construída sob a bandeira de uma estranha democracia, no seu pior, encontra-se numa agonia, uma visível agonia, cuja história só terá fim com a desintegração deste mesmo sistema social terrificante, que provocou o apodrecimento e a subjugação das mentalidades, pela base. Somos responsáveis, porque nos deixámos manipular e seduzir...

Nalguns países que se consideram avançados, o desenvolvimento de barbaridades sórdidas, que sugam as classes médias até à exaustão, provocam desigualdades sociais absolutamente chocantes, face à indiferença dos poderosamente ricos e dos que ainda sonham que a riqueza lhes vai bater à porta, se se subjugarem totalmente a este sistema em ruptura, sem esperanças de conserto, à vista.

Alimentam-se conflitos absurdos de qualquer ordem, étnicos, religiosos, linguísticos, etc, só para se perder o senso da solidariedade, do humanismo e da criatividade. Competir e avançar, é o que importa para este sistema brutal, qual blindado esmagando tudo à passagem.

A solidariedade de classes já não existe, ao que parece, pois a miséria, a opressão, o terror da promiscuidade, da mentira e da corrupção desenfreada, tomam lugar perante os novos exploradores cruéis, insensíveis, que dominam as mentalidades enfraquecidas pela miséria e pela perda total de valores.

A crueldade do sistema é tal que desenvolvem esquemas sofisticados para provocar a histeria colectiva, à semelhança dos regimes ditatoriais, a histeria da bola, da religião e da proliferação do sexo comercial e degradante.

A vida social no seu conjunto, parece estar completamente desarranjada, afundando-se no absurdo da mentira, na lama da promiscuidade e no desespero da pobreza alimentada por quem não abdica dos seus privilégios a favor de uma sociedade mais humana e mais feliz. Em todos os continentes, as sociedades humanas, de forma ascendente, respiram esta barbárie em toda a extensão da sua pele.

A fome de toda a natureza não atinge somente os países do terceiro mundo, mas já está a atingir os países que se dizem, estranhamente, desenvolvidos… verificando-se já uma nefasta destruição provocada pela mão do homem, tão mais intensa e degradante do que a provocada pelas intempéries e desastres naturais.

O efeito de estufa e a degradação do meio ambiente, também provocados pela mão do homem, põe em risco a sobrevivência da espécie humana, mas ainda assim, os males sociais, estão a ter um poder destrutivo muito mais alucinante, parecendo até irreversível a degradação da condição humana.

A criminalidade e a violência urbana não cessam de crescer por toda a parte. As drogas tem efeitos e prejuízos assustadores, particularmente entre as gerações mais novas, provocando o desespero e o isolamento, parecendo-nos aos olhos, que tudo isto serve altos interesses. Os interesses dos mesmos que apostam em destruir a humanidade e a imporem-se como donos e senhores de um mundo que intencionam seja só deles e dos seus amigos rastejantes, que também eles são elementos conscientes da sua acção destrutiva, contra os direitos da humanidade.

Se é certo que a sociedade está chegando a um tal grau de podridão, ao ponto de dificilmente se confiar em alguém, o desespero surge como sentimento dominante, e a certeza que sobrevém é que o capitalismo de cariz desumano e brutal, que se diz democracia, hoje mais do que nunca, não oferece nenhuma perspectiva de futuro, como alternativa à sociedade em que vivemos.

Desespero que continuará a desenvolver-se enquanto não despertarmos para uma nova perspectiva de conjunto e de unidade.

Se permitirmos, pela ignorância, que tudo continue na mesma, o capitalismo brutal e degradante que se diz democracia, dominará a sociedade, deixando sobreviver alguns, os mais submissos e, mesmo que não se verifique uma outra guerra mundial, a humanidade se auto-destruirá pelas guerras da sobrevivência, por epidemias resultantes da degradação da vida e da mentalidade, pela fome, incluindo a fome de amor, pois quem não se deu conta que até o amor se adulterou? Encontros de ocasião, exploração de corpos e de vontades violentadas pelo poder maquiavélico da indústria do sexo e pela sedução envenenada que viola o mais belo desejo da humanidade, AMAR e SER AMADA.
Autor anónimo

SOCIEDADES DESUMANAS

Quando tomamos consciência de que algo está mal, muito mal, imediatamente nos afastamos da ignorância generalizada, aquela que nos querem impor, e começa então a despertar em nós uma grande vontade de nos juntarmos ao rumo do progresso, aquele rumo que nos tem em conta, que nos considera pessoas, que não nos esmaga, que nos eleva ao nível da permanência dos valores e dos direitos humanos… que promove a criatividade e a solidariedade… e que começamos a perceber que a competitividade chega a extremos cada vez mais incompatíveis com a natureza humana.

Somos responsáveis pelo rumo das sociedades, cada vez mais desumanas… porque, muitos de nós, que já estão a cair no buraco da desumanização, ainda têm a venda nos olhos e não tomaram consciência do que se está a passar à sua volta.
Não é fácil perceber… contudo, os sintomas já são demasiados visíveis.
Autor anónimo

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O TEU DESPERTAR, PORTUGAL... PARA QUANDO?

De longe, tão longe, quanto de Timor-Leste a Portugal, vejo as gentes de Portugal, definhando nas mãos de políticos, que a nós nos parece, terem levado uma transfusão de um estranho sangue, não português, de certeza!. Manifestam sintomas evidentes, terríveis, de Mentiras, Corrupção e Ditadura Democrática...

No Portugal dos portugueses, muitos se têm deleitado a escrever sobre Timor... uns escrevem bem e direito, outros escrevem mal e torto.

Sou mulher timorense. Na minha outra visão, que parte deste extremo oriente, terras que me viram nascer... vejo um Portugal se afundando nas águas turvas de uma política deplorável...

Portugueses que deram novos mundos ao mundo, onde estais?

Parece-me ver uma epidemia instalar-se na sociedade portuguesa... um virús provocador de uma cegueira generalizada, gravíssima, ao que me apercebo... a cegueira de quem não quer ver...

Será por medo?
Por receio de perder previlégios?
Por ambições antecipadas daqueles que espesinham tudo e todos à passagem?

Pois não é para vos tranquilizar, mas por aqui o ambiente social, não é melhor. No Timor, as aparencias mostram que tudo está rolando, e bem. Mas, o que posso dizer, sentidamente, é que a contaminação da mentira predomina e a injustiça está pelas ruas espalhada, teimando fazer parte da nossa triste história dos últimos anos.

Voltando a Portugal, pois de Timor, muito vós tendes escrito, há coisas que eu não entendo:

Para onde caminham os portugueses? Gente que se sabe unir, quando é preciso!

Que sedativos vos estão injectando? Gente que é inteligente e deu ao Mundo os seus melhores escritores e poetas! Gente que, seja o que for, só por ser portugesa tem um quê de nobreza e beleza. Gente que lutou por ser igual em dignidade e valor!

Portugal, o vosso berço, que será dele muito em breve? País, que venceu pela Nobreza da sua gente!

O teu Despertar, Portugal!!... para quando?

Espero que não me levem a mal. Julgo que não! Também vós escrevestes e muito do meu País... quanta tinta derramada no vosso papel... quantos escritores se debruçaram sobre Timor!!!

Mertuto

quarta-feira, 16 de junho de 2010

MOMENTOS...


Num mundo que persiste em ser
Cada vez mais igual a si mesmo,
Que eu saiba tecer o pano da vida,
E reencontrar a certeza de SER alguém.
Que eu saiba entrar no meu espírito e no meu corpo,
E possa celebrar a vida em cada Átomo do meu ser.
Que em cada Lua Cheia,
Eu olhe para cima,
E nas árvores desenhadas num céu luminoso,
Eu consiga vislumbrar no Horizonte,
A Luz que me parece longe.
Que eu possa acariciar as flores selvagens das minhas incertezas,
E cobri-las com as mãos,
E possa libertá-las, sem estragar nenhuma,
E transformá-las em plena abundância e amor.
Que os meus amigos sejam da espécie que ama o silêncio,
Que sejam inocentes e despretensiosos,
E que eu seja capaz de uma nobre gratidão.
Que eu saiba manifestar a Alegria adormecida em meu coração,
E que eu sinta a certeza do Amor nos meus ossos e no meu sangue,
No Espírito, na Alma e no Coração.
E
Sinta também o teu Amor,
Respirar-te em cada inspiração…
E libertar-te em cada expiração,
Desejando-te rios de felicidade em sossego e bendições,
Nos caminhos que procuras,
E te conduzem a encontros felizes e prósperos.
Que o meu Ser fale sempre a verdade sobre a alegria e a dor,
Em palavras que soem com o aroma de alecrim.
Que o sopro das minhas vidas passadas,
Abençoem a minha presente vida,
Onde meus medos e seus derivados,
Sejam queimados no fogo interior
Da Essência que me criou.
Que eu não sucumba à auto piedade,
Num mundo de gente que nos julga pelas aparências,
Que nos sufoca a voz,
No ruído das suas vaidades pessoais,
E nos engana e despreza por sermos diferentes.
Que eu possa fazer parte do novo trabalho de regeneração da Terra,
E não perturbar o lugar onde estou e manifesto a minha existência.
Que eu consiga ter força no olhar,
E ser impecável em todas as minhas atitudes.
Que o Universo me refresque na cascata da Abundância,
E que a minha sensibilidade se abra àqueles que habitam fora da riqueza,
Da fama e dos privilégios,
Que um dia andaram descalços,
Mas seus pés, providos de Asas,
Souberam encontrar a Paz, o Amor, a Harmonia...
Que aqueles que são dominados pela arrogância
Do ter e do saber,
Não encontrem o caminho que chega à minha porta.
E quando chegar o Inverno,
Que eu me sente ao lado do fogo, numa lareira inventada,
E veja as chamas brilhando para o que vier,
E que eu nunca sinta o impulso de aconselhar, sem que me peçam.
Que eu possa ter um simples banco de madeira, com verdadeiro regozijo.
Que o lugar onde habito seja como uma floresta.
Que hajam caminhos e veredas, cavernas, poços, árvores e flores, animais e pássaros,
O Sol, a Lua e as Estrelas,
Todos por mim inventados e reverenciados.
Que minha existência mude o mundo,
Só por ser quem sou,
Crescendo como as árvores e,
Aprendendo no sussurrar do vento.
Um dia destes, jogarei fora a minha roupa,
E de túnica me vestirei,
Fazendo um pacto de Amor
Para conservar uma Fé inabalável…
Que eu nunca encontre desculpas para ser oportunista,
E que eu saiba que não tenho outra opção,
Que não seja,
Ser eu, simplesmente, com tranquilidade e amor.
Que eu saiba fazer escolhas todos os dias,
E quando falhar, que eu me conceda o perdão.
Que eu não tenha medo ou vaidade de enfrentar no espelho
O meu próprio reflexo…
Reflexo de um passado…
E nessa imagem inacabada, pendente,
Eu trace as linhas do Presente,
Que a minha Essência revelar…
Essência de Amor,
Harmonia,
Paz

Airam

Em, 15 de Junho de 2010

segunda-feira, 7 de junho de 2010

CONVERSA ANIMADA

... E então, como está? Bem? Sente-se realizado? Está mesmo tudo bem? Vive ou sobrevive? Faz por sobreviver? Luta todos os dias pelo seu “lugar ao sol”? E consegue estar nesse “sol”? Não me diga que acredita que está mesmo ao “sol”?

Pelo que se interessa? Por futebol? Pela sua família? Pelo seu país? Acha que ainda tem um país? Considera que ainda faz parte desse pais? Mas tem mesmo consciência de que esse país existe? Existe fisicamente, administrativamente, culturalmente, etc. E a sua cultura é a cultura do seu país? O que sabe fazer que seja cultura do seu país? Ir ao MacDonalds, fechar-se nos gigantescos Centros Comerciais durante imensas horas e por sistema? Vê cinema do seu país? Assiste a teatro do seu país? Lê autores do seu país? Sempre que pode... ou leu um ou dois autores por acaso? Frequenta as manifestações culturais do seu país? Participa nelas? Viaja pelo seu país? Prefere passar umas férias em local aprazível e que não conheça, do seu país, ou prefere embarcar numas férias de uma semana nas Caraíbas ou noutro país tipo "eldorado"?

A Globalização, pois é. Tem razão.

Qual é a sua nacionalidade de facto? Saberá? Mesmo que saiba só para si? Seja honesto(a).

A Globalização, pois é. Tem razão.

Tem a certeza absoluta de que vive de acordo com a nacionalidade da sua carteira de identificação? Sim? Então porque vive ou sobrevive de igual modo que os de outras partes do mundo chamado “desenvolvido”?

E fome, tem? Sabia que no tempo que levou a ler estas aborrecidas linhas morreram 2 ou 3 pessoas de fome?

Porte-se bem, para si é. Pense, não dói nada!

PROMETEM O CÉU E A TERRA


.
Tomar consciência de que os políticos nos prometem o céu e a terra para se catapultarem para as cadeiras do poder importa a todos que parecem ignorar a realidade sempre que votam naqueles em que acreditam por não se sabe bem que razão. Talvez por falta de consciência.

Os eleitores, como vitimas de narcóticos, caminham para as urnas de voto e depositam o seu comprovativo de falta de consciência, de consciência adormecida, despertando tardiamente ou nunca o fazendo. Muitos despertam interpoladamente de sono pesado sempre que constatam a realidade e olham para ela com revolta. Porque têm fome, não têm casa, estão sem emprego, passam por imensas privações para as quais não contribuíram mas que os fazem reféns quando menos esperam. É nesses momentos que se dão conta dos enganos por onde caminharam e fazem juras de que nas próximas eleições terão de avaliar os candidatos eleitorais com mais cuidado…

Nas eleições seguintes parecem esquecer as promessas que fizeram a si próprios. Voltam a votar no engano. Nos que dizem aquilo que querem ouvir mas que sabem que até nem vão cumprir tais promessas. Mas votam. As consciências voltam a ficar adormecidas. E o ciclo repete-se. E repete-se.

Por tudo isso, por suas responsabilidades, sobrevivem na miséria, ou quase. Realidade que raramente querem reconhecer. Parece que preferem nem ter consciência de quanto são enganados e do imenso nada que lhes está sempre reservado para que outros, os do poder e a eles chegados, fiquem com tudo e em excesso. Escandalosamente em excesso. Escandalosamente porque não lhes pertence mas sim aos que se recusam a despertar as suas consciências, preferindo escutar loas contidas em promessas de que todos vão poder ter o céu e a terra. Que nada!

Despertem, é mais que hora!

EXISTIMOS EM FUNÇÃO DO FUTURO

.
.Tentai apreender a vossa consciência e sondai-a. Vereis que está vazia, só encontrareis nela o futuro. Nem sequer falo dos vossos projectos e expectativas: mas o próprio gesto que surpreendeis de passagem só tem sentido para vós se projectardes a sua realização final para fora dele, fora de vós, no ainda-não.

Mesmo esta taça cujo fundo não se vê - que se poderia ver, que está no fim de um movimento que ainda não se fez -, esta folha branca cujo reverso está escondido (mas poderia virar-se a folha) e todos os objectos estáveis e sólidos que nos rodeiam ostentam as suas qualidades mais imediatas, mais densas, no futuro.

O homem não é de modo nenhum a soma do que tem, mas a totalidade do que não tem ainda, do que poderia ter. E, se nos banhamos assim no futuro, não ficará atenuada a brutalidade informe do presente? O acontecimento não nos assalta como um ladrão, visto que é, por natureza, um Tendo-sido-Futuro. E, para explicar o próprio passado, não será a primeira tarefa do historiador procurar o futuro?

Jean-Paul Sartre, in "Situações I"