quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Devolução…

Há um sentimento comum de que Portugal nos está a ser roubado. Só meia dúzia de pessoas, os das novas elites, os “eleitos”, os tais que, por certo, não sentem o “espírito de ser português”, os tais que só encarnam o espírito rude e grosseiro do dinheiro egoisticamente usado para corromper e destruir, para se promiscuirem em vaidades e luxos. 
Não há dúvida que as sociedades apareceram para que os seus habitantes se sintam mais protegidos. Ora, na atualidade, as sociedades são sítios onde prolifera a insegurança e o roubo… até ao cúmulo do roubo de direitos adquiridos ao longo de anos de lutas…
Pois bem, que nos devolvam Portugal! Um Portugal de valores e de princípios, de riquezas humanas, científicas e espirituais… o humanismo faz parte da nossa história.
Fomos dos primeiros povos a abolir a escravatura e agora regressamos a um novo tipo de escravatura… requintada por natureza, disfarçada… tudo nos é retirado… até os últimos anos das nossas vidas já passaram a ser motivo de “preocupação”… sim, é o que sinto! Por este andar ainda vai ser instituído um tipo disfarçado de “câmara de gás” para “eliminar” os que já são considerados “idosos”… os que, de pessoas que deveriam ser respeitadas, passaram a ser um “peso”…
Quero ver renascer Portugal e contribuir para que tal se torne uma urgente realidade. Um Portugal onde todos se sintam FILHOS AMADOS…
Fartos de sermos enganados e mal tratados, direi mesmo mal-amados…
A cada medida se agravam as “chicotadas”… agora, como disse atrás, até já é motivo de preocupação existirem no país onde nasceram, muitos reformados… como se eles não tivessem direito a fruir Da vida do jeito que querem e do jeito que sonharam.
Dizem alguns políticos e afins que os reformados são um grande encargo para a Nação. Ora, para evitar esta “triste realidade” que aflige a classe política, resolveram “atormentar” a vida dos que estão quase na idade de pedir a reforma… para esses há que exigir mais anos de trabalho para, fácil é deduzir, morrerem sem oportunidade de fruírem livremente os últimos anos da sua estadia na Terra. E aos que tiverem a ousadia de pedir a reforma, levam um “corte” assustador.
Pois não seria mais honesto “negociar”? Ou seja, não queremos a “esmola” da reforma, devolvam-nos simplesmente o dinheiro que depositámos nos cofres do Estado, muito ou pouco, não interessa…
Além disso, quanto ganhou o Estado em juros, por ter em seu poder durante anos a fio, o dinheiro destinado às nossas reformas? O que foi feito desse dinheiro?
Uma vez que, nitidamente, os políticos se zangaram connosco, tendo vindo a demonstrar, progressivamente, um desprezo arrepiante, não seria mais justo, devolverem-nos o que lhes entregámos para os fins da reforma? E não pensavam mais no assunto. Seriamos nós a gerir o nosso próprio dinheiro.
Albano tomas